quarta-feira, 27 de julho de 2011

Arquivo do Tour de France 2011

Evans, ao centro, o grande vencedor (Getty Images)

Abaixo, confira os textos que fiz, relatando todas as etapas do Tour de France 2011. Apesar das duas semanas iniciais não terem proporcionado grandes emoções, a semana final compensou tudo isso e, como sempre, tivemos um Tour memorável.

Evans mostrou muita vontade em todas as subidas e fez um contra-relógio individual absolutamente perfeito, quase vencendo-o. Andy Schleck ainda peca pela inexperiência. Após o grande ataque na etapa 18, ele "se acomodou" com a diferença de cerca de um mnuto para Evans e não tentou novo ataque. Ele pagou caro, mas, como Lance Armstrong escreveu em sua biografia, "o ciclismo é um esporte que envergonha os jovens".

Mark Cavendish, como de costume, teve um espetacular desempenho. Com 26 anos, ele já acumula 20 vitórias de etapa em sua carreira. Como no Giro d'Italia, ele foi acusado de se aproveitar do carro de sua equipe para subir as montanhas, mas nenhuma imagem comprova. Verdadeiras ou não, tais acusações não tiram - para mim - os méritos de sua camisa verde. Ninguém o vence no sprint.

Thomas Voeckler se tornou herói nacional. Por nove dias, o "francesinho" foi o dono da maillot jaune, dando tudo de si em momentos que todos o davam como derrotado. Ele manteve a camisa como um leão e teve reconhecimento. Na chegada à cidade de Lisieux, onde correria uma pequena volta local na última terça-feira, ele foi recebido por mais de 40 mil espectadores, na que foi chamada "voecklermania" pela imprensa francesa.

Alberto Contador, uma grande decepção para a maioria, sofreu. Já na primeira etapa, se envolveu em uma queda que lhe deu mais de um minuto e meio de atraso. Mais à frente, ele sofreu nova queda, que lhe deu uma contusão no joelho. Não duvido que ele estivesse vestindo amarelo no último domingo, caso essas coisas não acontecessem. Mas aconteceram. A corrente de Andy Schleck no ano passado que o diga...

Enquanto a largada do Tour 2012 ainda está longe, relembre o que ocorreu em território francês neste mês.

Etapa 1

Etapa 2

Etapa 3

Etapa 4

Etapa 5

Etapa 6

Etapa 7

Etapa 8

Etapa 9

Etapa 10

Etapa 11

Etapa 12

Etapa 13

Etapa 14

Etapa 15

Etapa 16

Etapa 17

Etapa 18

Etapa 19

Etapa 20

Etapa 21

domingo, 24 de julho de 2011

Pelo terceiro ano seguido, Cavendish vence na Champs-Élysées e leva a camisa verde

Britânico venceu mais uma e garantiu a maillot vert (© Roberto Bettini)

Na etapa de conclusão do Tour de France de 2011, o britânico Mark Cavendish (HTC-Highroad) foi o vencedor, assim como ocorreu nos últimos dois anos. Foi a quinta vitória de etapa de Cavendish neste Tour - são 20 em sua carreira -, que lhe garantiu a tão sonhada camisa verde.

Por ter sido punido com a perda de 20 pontos em duas etapas consecutivas (por chegar além do tempo limite nas etapas de alta montanha), Cavendish largou hoje não tão seguro de terminar com a maillot vert. Ele largou com 280 pontos, enquanto o segundo colocado, Jose Joaquin Rojas (Movistar), tinha 265.

Mas o britânico superou Rojas em ambos os momentos que importavam na etapa de hoje. Primeiro, ele cruzou a meta volante do dia em sétimo e o espanhol em nono. Eles somaram nove e sete pontos, respectivamente. Já na linha de chegada, Cavendish foi o primeiro, levando mais 45 pontos, enquanto Rojas sequer esteve entre os 15 que pontuaram.

Ao total, Cavendish terminou com 334 pontos, seguido de Rojas, com 272, e de Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto), com 236. Aos 26 anos, Cavendish consegue um de seus maiores objetivos, que havia escapado nos últimos dois anos. Com as cinco vitórias desta edição, ele soma 20 e é o sexto que mais venceu etapas na história - até o momento. Eddy Merckx lidera a lista, com 34 vitórias.

Apesar do absoluto sucesso de Cavendish, a temporada 2011 tem sido conturbada para ele, no que se trata da relação com outros ciclistas do pelotão. Tanto no Giro d'Italia quanto no Tour, vários ciclistas deram declarações acusando Cavendish de se pendurar no carro de sua equipe para conseguir escalar as subidas mais duras. É uma grande polêmica, pois acusações desse porte não surgem à toa, mas, também, nenhuma câmera flagrou essa atitude.

Evans é muito celebrado por seus companheiros (© Roberto Bettini)

A etapa foi, também, de festa. O grande campeão, o australiano Cadel Evans (BMC), foi muito festejado pelo público na chegada a Paris e também por todos os companheiros de equipe (foto), após cruzar a linha de chegada.

Pierre Rolland (Europcar) ficou com a camisa branca, de melhor ciclista até 25 anos. O lendário Bernard Hinault, um dos maiores ciclistas franceses da história, havia declarado que Rolland é o mais promissor dos ciclistas franceses na atualidade.

Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi), como já ficou definido na sexta-feira, recebeu a camisa de bolinhas, como melhor escalador do Tour. O francês Jérémy Roy (FDJ) foi eleito o atleta mais combativo da edição e a Garmin-Cervélo foi a campeã entre as equipes.

Evans, aompanhado dos irmãos Andy e Fränk Schleck no pódio (© Sirotti)

Vive le Tour! Soit jusqu'à l'année!


Classificação

1 - Mark Cavendish (HTC-Highroad) 2:27:02
2 - Edvald Boasson Hagen (Sky Procycling)
3 - André Greipel (Omega Pharma-Lotto)
4 - Tyler Farrar (Team Garmin-Cervélo)
5 - Fabian Cancellara (Leopard Trek)
6 - Daniel Oss (Liquigas-Cannondale)
7 - Borut Bozic (Vacansoleil-DCM)
8 - Tomas Vaitkus (Pro Team Astana)
9 - Gerald Ciolek (Quickstep Cycling Team)
10 - Jimmy Engoulvent (Saur-Sojasun)

Resultados finais

Camisa amarela

1º - Cadel Evans, BMC (86h 12min 22s)
2º - Andy Schleck, Leopard-Trek (86h 13min 56s)
3º - Fränk Schleck, Leopard-Trek (86h 14min 52s)

Camisa verde

1º - Mark Cavendish, HTC-Highroad (334 pontos)
2º - Jose Joaquin Rojas, Movistar (272 pontos)
3º - Philippe Gilbert, Omega Pharma-Lotto (236 pontos)

Camisa branca

1º - Pierre Rolland, Europcar (86h 23min 05s)
2º - Rein Taaramae, Cofidis (86h 23min 51s)
3º - Jérôme Coppel, Saur-Sojasun (86h 30min 58s)

Camisa branca com bolinhas

1º - Samuel Sanchez, Euskaltel-Euskadi (108 pontos)
2º - Andy Schleck, Leopard-Trek (98 pontos)
3º - Jelle Vanendert, Omega Pharma-Lotto (74 pontos)

Atleta mais combativo

Jérémy Roy (FDJ)

Equipes

1º - Garmin-Cervélo, EUA (258h 18min 49s)
2º - Leopard-Trek, Luxemburgo (258h 29min 53s)
3º - AG2R La Mondiale, França (258h 30min 09s)

sábado, 23 de julho de 2011

Evans é o campeão do Tour de France!

Aos 34 anos, australiano finalmente vence o Tour (AFP)

Em um contra-relógio individual vencido pelo alemão Tony Martin (HTC-Highroad), o australiano Cadel Evans (BMC) deu espetáculo, fez o segundo melhor tempo do dia e, mesmo largando com 57 segundos de atraso para o então líder, sagrou-se o grande campeão do Tour de France de 2011. Foi a primeira vez na história que um australiano venceu a prova.

Andy Schleck (Leopard-Trek) havia assumido a camisa amarela no dia de ontem, após Thomas Voeckler (Europcar) perdê-la. O luxemburguês obteve uma vantagem de 57 segundos sobre Evans e de 53 segundos sobre seu irmão, Fränk Schleck (Leopard-Trek). Os três eram os únicos que ainda haviam chances de terminar com a maillot jaune.
Evans não deu chance a Schleck (AFP)

Evans já havia feito este mesmo trajeto do CRI em Grenoble, na prova Critérium du Dauphiné, em junho. À época, ele teve o sexto melhor tempo, 1:20 minuto atrás do mesmo vencedor, Martin.

O australiano foi o antepenúltimo a largar, antes dos dois irmãos Schleck. Ele manteve um ritmo muito forte e, ao longo da prova, a diferença dele para Andy foi diminuindo ininterruptamente. Em comparação a como Andy pedalava, Evans demonstrou mais ousadia nas curvas, as quais Andy mostrava menor habilidade para fazê-las.

Ainda na metade do trajeto de Evans, quando Andy já havia largado, o australiano já tinha diminuído a diferença inicial para menos de 20 segundos. Não demorou muito para que ele anulasse a diferença e assumisse, virtualmente, a camisa amarela.
Os irmãos Schleck lamentam a perda da maillot jaune (AFP)

Para piorar as coisas para o camisa amarela, Evans não apenas anulou sua desvantagem, como também reverteu-a para vantagem que cresceu sem parar. Ao fim, Evans passou perto de vencer Martin e já aplicava uma vantagem de 1:30 minuto para Andy.

O luxemburguês nada pôde fazer. Evans "humilhou" seus adversários com seu desempenho. Ele voou, sem dar chance alguma. Vitória absolutamente merecida!
Martin, o vencedor do CRI (AFP)

Na outra disputa do dia, o francês Pierre Rolland (Europcar) não foi mais rápido do que o estoniano Rein Taaramae (Cofidis), mas manteve a vantagem que tinha em relação a ele e assegurou a camisa branca, da disputa entre os ciclistas até 25 anos de idade.

A camisa de montanhista já havia sido decidida na etapa de ontem, a última com metas de montanha, e o vencedor foi o espanhol Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi).

Amanhã acontece a última distribuição de pontos para a camisa verde, que contará com uma meta volante e os pontos da chegada, na Champs-Élysées. Mark Cavendish (HTC-Highroad) lidera a briga, com 280 pontos, seguido de Jose Joaquin Rojas (Movistar), com 265.

Classificação

1 - Tony Martin (HTC-Highroad) 0:55:33
2 - Cadel Evans (BMC) +0:00:07
3 - Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard) +0:01:06
4 - Thomas De Gendt (Vacansoleil-DCM) +0:01:29
5 - Richie Porte (Saxo Bank-Sungard) +0:01:30
6 - Jean-Christophe Peraud (AG2R La Mondiale) +0:01:33
7 - Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi) +0:01:37
8 - Fabian Cancellara (Leopard-Trek) +0:01:42
9 - Peter Velits (HTC-Highroad) +0:02:03
10 - Rein Taaramae (Cofidis)

Resultados definitivos

Camisa amarela: Cadel Evans (BMC)
Camisa branca: Pierre Rolland (Europcar)
Camisa de montanhista: Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi)
Número amarelo (equipe): Garmin-Cervélo

A definir amanhã

Camisa verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Uma prévia do CRI de amanhã

Evans, durante o CRI da Dauphiné, em junho deste ano (© ASO/P.Perreve)
O contra-relógio individual que acontece amanhã, em Grenoble, irá definir o campeão do Tour de France 2011. Mas não será a primeira vez que esse trajeto acontece neste ano. Ele ocorreu também na prova Critérium du Dauphiné, no mês passado.

Andy Schleck (Leopard-Trek) lidera e tem como principal rival para a conquista da prova o australiano Cadel Evans (BMC). A diferença entre os dois é de apenas 57 segundos. Entre eles está o irmão e companheiro de equipe de Schleck, Fränk Schleck, 53 segundos atrás do irmão.

A Leopard-Trek está, portanto, em ótima situação para ter o campeão do Tour. Ainda mais com Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard) assumidamente fora da disputa, com mais de quatro minutos de atraso. O espanhol e atual campeão fez, no contra-relógio do ano passado, o segundo melhor tempo entre aqueles que ocupavam as três primeiras posições, incluindo Schleck.

O percurso de amanhã é basicamente idêntico ao percorrido na Dauphiné. São os mesmos 42,5 quilômetros, porém com pequenas alterações na altimetria. Veja as imagens abaixo e compare:

Dauphiné


Tour


Muitos dos participantes da Dauphiné também participam da atual edição do Tour. Confira o desempenho dos principais deles na etapa, em ordem de chegada:

Tony Martin (HTC-Highroad)
Atual situação no Tour: é apenas o 47º, com 1:31 hora de atraso
Resultado na Dauphiné: foi o vencedor, com 55:27 minutos

Edvald Boasson Hagen (Sky)
Atual situação no Tour: é o 58º, com 1:43 hora de atraso
Resultado na Dauphiné: terceiro colocado, com 43 segundos de atraso

Cadel Evans (BMC)
Atual situação no Tour: é o terceiro colocado, com 57 segundos de atraso
Resultado na Dauphiné: foi o sexto colocado, com 1:20 minuto de atraso

Thomas Voeckler (Europcar)
Atual situação no Tour: é o quarto colocado, com 2:10 minutos de atraso
Resultado na Dauphiné: foi apenas o 40º colocado, com 3:18 minutos de atraso

Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi)
Atual situação no Tour: é o sétimo colocado, com 4:22 minutos de atraso
Resultado na Dauphiné: foi o 42º, com 3:27 minutos de atraso

Confira abaixo um compacto do CRI da Dauphiné, que contém a participação de Evans que, dos citados acima, é o melhor colocado no atual Tour.

Rolland vence etapa e camisa branca e Schleck é o novo camisa amarela

Rolland levou a etapa e a camisa branca (AFP)

Em outra bela etapa, que culminou na subida do lendário Alpe d’Huez, o francês Pierre Rolland (Europcar) foi o grande vencedor e ainda conseguiu se tornar o novo dono da camisa branca. Além da branca, duas outras camisas também mudaram de dono, incluindo a amarela.

Após o grande ataque de ontem, Andy Schleck (Leopard-Trek) largou hoje a 15 segundos de Thomas Voeckler (Europcar), o então líder. Porém, finalizou a etapa mais de dois minutos antes do francês e chega ao contra-relógio vestindo a maillot jaune.

A outra camisa que trocou de mãos (pela última vez) foi a de bolinhas. O espanhol Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi) largou como o vice-líder na disputa, atrás do belga Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto). Durante a etapa, por vencer a meta de montanha intermediária e somar 20 pontos, Andy Schleck se tornou o dono da camisa momentaneamente, mas Sanchez, cruzando a linha de chegada em segundo lugar, somou 32 pontos e foi o campeão na disputa dos montanhistas - não haverá mais metas de montanha. Ele terminou com 108 pontos, seguido de Schleck, com 98, e de Vanendert, com 74.

Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard) teve destaque na etapa. Tentando uma tática semelhante à de Schleck no dia anterior, o espanhol efetuou um ataque ainda na primeira montanha do dia, o Col du Télégraphe. Inicialmente, Schleck, Voeckler e Cadel Evans (BMC) o acompanharam, mas apenas o luxemburguês conseguiu manter-se ao seu lado.

A fuga que continha Contador e Schleck seguiu ditando o ritmo da etapa. Os dois adversários chegaram, inclusive, a se ajudar em diferentes momentos. Enquanto isso, Evans também aumentou o ritmo, deixando Voeckler para trás e visando alcançar Schleck.
Schleck vestiu a maillot jaune (AFP)

No Alpe d'Huez, os dois grupos se juntaram, com Contador, Schleck, Evans, Cunego, Sanchez e Rolland juntos. Mas eis que Contador efetuou um novo ataque e não foi acompanhado. Evans e Schleck ficaram juntos, se marcando.

Contador acelerou muito e chegou a estar dois minutos à frente de Evans e Schleck, o que renovava suas chances para o contra-relógio de amanhã. Mas a duríssima subida, com trechos de mais de 10% de inclinação, freou o espanhol, que foi alcançado por Sanchez e Rolland, que tinham interesses particulares para vencer a etapa.

Nos três quilômetros finais, Rolland acelerou, buscando a vitória e a camisa branca; Sanchez também, visando os pontos da camisa de montanhista e Contador sobrou em relação aos dois. Foi esta a ordem da chegada, com a diferença de Contador para Evans e Schleck diminuindo para pouco mais de 30 segundos.

Neste momento, Andy Schleck lidera a classificação geral, seguido do irmão, Fränk Schleck (Leopard-Trek), a 53 segundos, e Evans, a 57 segundos. Voeckler é o quarto, a 2:10 minutos, Damiano Cunego (Lampre-ISD) é o quinto, a 3:31, e Contador é o sexto, a 3:55 minutos.

O contra-relógio individual deste sábado mostrará um duelo entre Andy Schleck e Evans. Fränk Schleck e Voeckler correm por fora, dependendo de um "dia ruim" de Andy e Evans. Por ser uma disputa individual, Fränk não poderá ajudar o irmão, como normalmente faz e pode sim terminar o dia como campeão do Tour. Contador nunca é carta fora do baralho, mas precisa de um milagre gigantesco para tirar os quase quatro minutos de atraso que tem.

Na disputa por pontos, a posse da camisa verde não se alterou, mas a classificação geral, sim. Pelo segundo dia consecutivo, um grande grupo de corredores - 83 - chegou além do tempo limite, resultando na perda de 20 pontos para cada um dos atletas. Entre eles, o líder e o vice-líder da disputa, Mark Cavendish (HTC-Highroad) e Jose Joaquin Rojas (Movistar), que têm 280 e 265 pontos cada, respectivamente.

A Garmin-Cervélo ainda é a líder na disputa entre as equipes, com quase 12 minutos de frente para a vice-líder, a AG2R La Mondiale.

Classificação

1 - Pierre Rolland (Team Europcar) 3:13:25
2 - Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi) +0:00:14
3 - Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard) +0:00:23
4 - Peter Velits (HTC-Highroad) +0:00:57
5 - Cadel Evans (BMC Racing Team)
6 - Thomas De Gendt (Vacansoleil-DCM)
7 - Damiano Cunego (Lampre-ISD)
8 - Fränk Schleck (Leopard-Trek)
9 - Andy Schleck (Leopard-Trek)
10 - Ryder Hesjedal (Team Garmin-Cervélo) +0:01:15

Camisas para amanhã

Amarela: Andy Schleck (Leopard-Trek)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi)
Branca: Pierre Rolland (Europcar)
Número amarelo (equipe): Garmin-Cervélo

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Aspas para Schleck, Riis e Contador

As falas de três dos principais personagens da excelente 18ª etapa do Tour de France.

Andy Schleck
"Me senti super bem nesta manhã e eu não tive medo de perder. Estou muito feliz com a etapa, eu assumi a responsabilidade. Falei para eu mesmo nesta manhã, 'isso vai funcionar ou não' e acabou funcionando. Eu não iria pedalar para chegar a Paris em quarto. Estou muito feliz por mim e pelo meu time. Eles trabalharam duro e eu tenho de agradecê-los".
(AFP)
Bjarne Riis
"Será muito difícil para ele (Contador) vencer o Tour agora, certamente. Ele queria atacar, mas ele não teve pernas hoje e sofreu com as dores no joelho".
(AFP)
Alberto Contador
"Não foi um dia bom para mim, fiquei completamente sem forças nos últimos dez quilômetros. Senti uma fraqueza terrível, os quilômetros finais foram muito duros. Até certo ponto, eu conseguia pegar a roda dos outros, mas, no final, decidi pedalar no meu ritmo. Está praticamente impossível."

(© Roberto Bettini)

Cavendish é punido com a perda de 20 pontos

(© Roberto Bettini)

Por cruzar a linha de chegada além do tempo limite, o britânico Mark Cavendish (HTC-Highroad), além de outros 87 corredores, foram punidos com a perda de 20 pontos na disputa pela camisa verde.

Além de Cavendish, grandes nomes como Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto), Thor Hushovd (Garmin-Cervélo), Fabian Cancellara (Leopard Trek) e Alessandro Petacchi (Lampre-ISD) também foram punidos.

O tamanho do grupo foi o motivo da não eliminação dos atletas, que tiveram um atraso de 35:50 minutos, sendo que o tempo limite estava estabelecido em 33:07 minutos.

Cavendish, Gilbert e Hushovd foram os maiores prejudicados, uma vez que ocupam a primeira, terceira e quarta colocação, respectivamente, na luta pela maillot vert. O beneficiado foi Jose Joaquin Rojas (Movistar), que esteve no tempo limite e não foi punido.

Agora, Cavendish tem 300 pontos, seguido de Rojas, com 285, Gilbert, com 230, e Hushovd, com 215. A camisa de Cavendish não parece mais tão certa, considerando que ainda há uma etapa de alta montanha nesta sexta-feira.

A próxima etapa plana do Tour é exatamente sua última, no domingo, na chegada a Paris. Cavendish foi o vencedor da etapa nos últimos dois anos.

Em etapa espetacular, Schleck vence e fica próximo da camisa amarela

Schleck conseguiu vitória inacreditável e fica muito próximo da maillot jaune (AFP)

Na penúltima etapa de alta montanha deste Tour de France, Andy Schleck (Leopard-Trek) saiu vencedor de maneira espetacular e por muito pouco - 15 segundos - não tomou a camisa amarela de Thomas Voeckler (Europcar). Já Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard) fraquejou e se complicou na classificação geral.

A etapa partiu de Pinerolo, na Itália, e contou com três metas de montanha fora de categoria, incluindo a subida do Galibier Serre-Chevalier, nos 23 quilômetros finais. O último quilômetro da subida teve inclinação média de 9%.

A estratégia da Leopard-Trek hoje foi a responsável pela vitória de Schleck. Como não havia se visto em momento algum do Tour, dois atletas da equipe fizeram parte da fuga, que novamente foi enorme, com cerca de 15 atletas. Foram estes Joost Posthuma e Maxime Monfort.

Schleck largou com um atraso de 2:36 minutos em relação a Voeckler e ocupando a quarta colocação geral. Durante quase todo o percurso, o luxemburguês se manteve junto ao grupo que continha Voeckler, Contador, Fränk Schleck (Leopard-Trek), Cadel Evans (BMC), Ivan Basso (Liquigas) e Damiano Cunego (Lampre), entre outros.

Tudo indicava que o grupo aguardaria a chegada da última subida do dia para que os ataques acontecessem. Porém, no meio da segunda subida, o Col d'Izoard, Andy atacou, ainda com 60 quilômetros a percorrer. Pela grande distância para a chegada, o grupo não acreditou no ataque de Andy.
Contador ficou para trás e pode ter dado adeus ao título (AFP)

Eis que os dois companheiros de Andy que estavam na fuga entraram em cena. Posthuma deixou a fuga e esperou Andy, para ajudá-lo no subida até o topo do Col d'Izoard. Após alcançar o topo, Andy começou uma descida de mais de 17 quilômetros. Como as descidas têm se mostrado uma pedra no sapato do luxemburguês, o outro gregário da Leopard na fuga, Monfort, ajudou-o na descida e também em boa parte da última subida do dia, o Col du Galibier.

Com a ajuda dos gregários, Andy viu sua distância para o grupo dos concorrentes aumentar consideravelmente, beirando os quatro minutos em média. Desta forma, ele passava a ser o camisa amarela virtual, tomando-a de Voeckler.

Chegando ao Galibier, a fuga era formada por seis atletas, incluindo Andy e Monfort, enquanto o grupo do camisa amarela tinha mais de quatro minutos de atraso. Schleck não diminuiu o ritmo em momento algum e acabou por ser o único do grupo a "sobreviver" até a linha de chegada, com os outros cinco sendo absorvidos pelo grupo de Voeckler. A diferença de quatro minutos diminuiria gradativamente, com a distância entre Schleck e o grupo chegando a apenas um quilômetro, mas ele venceria de maneira absoluta e aguardaria a chegada dos adversários, para saber se vestiria ou não a maillot jaune.

Uma vez alertados da grande distância de Andy, o grupo do líder aumentou a velocidade, especialmente no Galibier, com Evans na ponta, ditando o forte ritmo. Voeckler, Basso, Fränk e Contador o acompanhavam. Porém, surpreendendo a quase todos, o corredor que primeiro ficou para trás neste grupo foi Contador. O espanhol teve 3:50 minutos de atraso para Andy e cerca de 1:30 minuto atrás do grupo de Voeckler. O francês, por sua vez, foi heróico e conseguiu cruzar a linha de chegada - exausto - a tempo de não perder a camisa amarela.

A classificação geral tem Voeckler na liderança, seguido de Andy Schleck a 15 segundos, Fränk Schleck a 1:08 minuto, Evans a 1:12 minuto, e, mais atrás, Cunego e Basso a 3:46 minutos e Contador a 4:44 minutos.

Voeckler não conteve a alegria de ter mandito a camisa amarela (AFP)

As camisas verde, de montanhista e a liderança entre as equipes permanecem inalteradas, com Mark Cavendish (HTC-Highroad), Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto) e a Garmin-Cervélo, respectivamente. Mas, depois de muita insistência, Rein Taaramae (Cofidis) é o novo líder entre os jovens. Depois de ver três diferentes ciclistas com a camisa branca e ele sempre na vice-liderança, o corredor da Estônia passa a vestir a camisa.

Grandes decisões podem acontecer amanhã, na última etapa de alta montanha do Tour, com uma subida de categoria um e duas fora de categoria. Contador tem a obrigação de tentar algum ataque, caso ainda tenha a esperança de vencer a volta. Andy pode apenas marcar seus concorrentes, principalmente Evans. O australiano talvez prefira aguardar o contra-relógio de sábado para tentar vencer Andy. Enfim, são infinitas possibilidades e prever o que vai acontecer é impossível, como foi hoje. A única certeza é de que será uma etapa excelente.

Classificação

1 - Andy Schleck (Leopard Trek) 6:07:56
2 - Fränk Schleck (Leopard-Trek) +0:02:07
3 - Cadel Evans (BMC Racing Team) +0:02:15
4 - Ivan Basso (Liquigas-Cannondale) +0:02:18
5 - Thomas Voeckler (Team Europcar) +0:02:21
6 - Pierre Rolland (Team Europcar) +0:02:27
7 - Damiano Cunego (Lampre-ISD) +0:02:33
8 - Rein Taaramae (Cofidis) +0:03:22
9 - Thomas Danielson (Team Garmin-Cervélo) +0:03:25
10 - Ryder Hesjedal (Team Garmin-Cervélo) +0:03:31

Camisas para amanhã

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto)
Branca: Rein Taaramae (Cofidis)
Número amarelo (equipe): Garmin-Cervélo

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Hagen consegue segunda vitória e Voeckler, novamente, leva tempo dos adversários

Hagen consegue sua segunda vitória neste Tour, a quarta norueguesa (Getty Images)

Começando a escalada dos Alpes, a etapa de hoje teve chegada em território italiano, na cidade de Pinerolo, em Piemonte. Edvald Boasson Hagen (Sky) conseguiu ser o melhor na fuga e, na descida final, venceu a etapa. Mas o destaque do dia foi para Thomas Voeckler (Europcar), que, em função de erros na descida, levou quase 30 segundos de atraso para os concorrentes.

Muitos atletas partiram para a fuga, buscando a vitória da etapa. O grande grupo, com cerca de 15 atletas, se dividiu em três grupos, com Ruben Perez Moreno (Euskaltel) na ponta em boa parte da reta final. Porém, na subida final (o Côte de Pramartino, de categoria dois), o espanhol sucumbiu e foi ultrapassado. O norueguês Hagen alcançou e topo da subida e fez uma excelente descida, cruzando a linha de chegada 40 segundos à frente do segundo colocado, o holandês Bauke Mollema (Rabobank).

O pelotão dos favoritos se manteve junto em boa parte do tempo, até a última subida. Quando o grupo alcançou o topo, Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard) partiu para um ataque na descida, ao lado de Samuel Sanchez (Euskaletel), como fizeram no dia anterior.

Voeckler os seguiu, visando não levar tempo dos dois espanhóis. Porém, as fortes curvas da estreita estrada não favoreciam à alta velocidade com que Voeckler (e alguns outros corredores) tentou descer. Em uma das curvas, o camisa amarela passou reto, entrando na garagem de uma residência, como outros também o fizeram. Nesse erro, Contador e Sanchez se distanciaram e o restante dos favoritos passou o francês.

No fim, cruzaram a linha juntos Contador, Sanchez, Fränk e Andy Schleck (Leopard-Trek), Cadel Evans (BMC) e Damiano Cunego (Lampre). Voeckler cruzou a linha 27 segundos mais tarde, ao lado de Ivan Basso (Liquigas).

Com esse resultado, Voeckler lidera, com apenas 1:18 minutos de vantagem para Evans, 1:22 minuto para Fränk Schleck, 2:36 minutos para Andy Schleck, 2:59 minutos para Sanchez e 3:15 minutos para Contador. A disputa está completamente aberta entre os seis primeiros colocados.

Nos próximos dois dias, novas etapas de alta montanha, porém com chegada em subidas e não mais em descidas. Apesar da sexta colocação, se espera que Contador efetue ataques para diminuir seu atraso no contra-relógio. Teoricamente, Evans e os irmãos Schleck terão apenas que marcar o espanhol, para manter a vantagem que têm. Será uma disputa boa.

Nenhuma alteração nas outras camisas. A de bolinhas segue com Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto), apesar de Sylvain Chavanel ter somado 18 pontos no dia. A verde segue com Mark Cavendish (HTC-Highroad), a branca com Rigoberto Uran (Sky) e a Garmin-Cervélo ainda é a líder entre as equipes.

Classificação

1 - Edvald Boasson Hagen (Sky Procycling) 4:18:00
2 - Bauke Mollema (Rabobank Cycling Team) +0:00:40
3 - Sandy Casar (FDJ +0:00:50
4 - Julien El Fares (Cofidis)
5 - Sylvain Chavanel (Quickstep Cycling Team)
6 - Dmitriy Fofonov (Pro Team Astana +0:01:10
7 - Maciej Paterski (Liquigas-Cannondale)
8 - Dmitriy Muravyev (Team RadioShack)
9 - Jonathan Hivert (Saur-Sojasun +0:01:15
10 - Borut Bozic (Vacansoleil-DCM) +0:02:20

Camisas para amanhã

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto)
Branca: Rigoberto Uran (Sky)
Número amarelo (equipe): Garmin-Cervélo

terça-feira, 19 de julho de 2011

Hushovd vence mais uma e Contador desconta mais de um minuto para Andy Schleck

Hushovd vence a segunda no Tour (Pascal Pavani/AFP/Getty)

Novamente fazendo parte da fuga que venceu a chuvosa etapa, o norueugês Thor Hushovd (Garmin-Cervélo) conseguiu sua segunda vitória de etapa neste Tour de France. No sprint final, ele teve a ajuda do gregário Ryder Hesjedal para vencer o compatriota Edvald Boasson Hagen (Sky). Nenhuma camisa mudou de dono, mas a classificação geral está mudada.

A vitória de Hushovd não lhe ajuda muito na classificação geral, mas o coloca na briga pela camisa verde. Ele somou 43 pontos no dia, sendo 30 da chegada e 13 da meta volante e é o quarto na classificação por pontos, com 235. Mark Cavendish (HTC-Highroad) ainda veste a camisa, liderando com 319 pontos.
Contador [esq.] e Evans [dir.] atacam no Col de Manse (AFP)

Mas o grande acontecimento do dia partiu do pelotão. Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard), que defende o título, efetuou uma taque no meio da meta de montanha do dia, acompanhado de Cadel Evans (BMC). Com tal ataque, ele conseguiu descontar 18 segundos do líder geral, Thomas Voeckler (Europcar), e de Fränk Shcleck (Leopard-Trek), e 1:06 de Andy Schleck (Leopard-Trek), seu principal adversário nos últimos anos.

Evans, que acabou cruzando a linha de chegada três segundos à frente de Contador, é o novo vice-líder geral, 1:45 minuto atrás de Voeckler. Fränk e Andy Schleck vêm na seqüência, com 1:49 minuto e 3:03 minutos de atraso, respectivamente. Samuel Sanchez (Euskatel) é o quinto, 3:26 minutos atrás e Contador tem 3:42 minutos de atraso, em sexto lugar.

Contador efetuou o ataque quando restavam cerca de 15 quilômetros para a chegada, na subida do Col de Manse, e a fuga tinha mais de cinco minutos de frente. Ao contrário do que havia acontecido na etapa de sábado, quando todos os favoritos neutralizavam ataques, apenas Evans e Sanchez conseguiram acompanhar Contador hoje. Os irmãos Schleck, Voeckler e Basso permaneceram no grupo.

O topo do Col de Manse se encontrava a 11,5 quilômetros do fim, com uma longa descida até a chegada. Já sem chuva, o grupo de Evans, Contador e Sanchez conseguiu fazer uma boa descida e se distanciar, em média, 30 segundos do camisa amarela.

As próximas três etapas serão de alta montanha e a expectativa é de mais ataques daqueles que ainda estão na disputa pela maillot jaune. No sábado, a grande decisão, no contra-relógio individual. Contador já afirmou que deposita suas fichas na etapa de sábado, mas ainda pode tentar novos ataques até sexta, para diminuir a diferença.

Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto) e Rigoberto Uran (Sky) permanecem com as camisas de montanhista e branca, respectivamente. A Garmin-Cervélo volta a ser a líder entre as equipes, com a vitória de Hushovd.

Classificação

1 - Thor Hushovd (Team Garmin-Cervélo) 3:31:38
2 - Edvald Boasson Hagen (Sky Procycling)
3 - Ryder Hesjedal (Team Garmin-Cervélo) +0:00:02
4 - Tony Martin (HTC-Highroad) +0:00:38
5 - Mikhail Ignatyev (Katusha Team) +0:00:52
6 - Alan Perez Lezaun (Euskaltel-Euskadi) +0:01:25
7 - Jérémy Roy (FDJ)
8 - Marco Marcato (Vacansoleil-DCM) +0:01:55
9 - Dries Devenyns (Quickstep Cycling Team)
10 - Andriy Grivko (Pro Team Astana)

Camisas para amanhã

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto)
Branca: Rigoberto Uran (Sky)
Número amarelo (equipe): Garmin-Cervélo

domingo, 17 de julho de 2011

Sem surpresas, Mark Cavendish consegue sua quarta vitória neste Tour

Mais do que nunca, a camisa verde é dele (© Bettini)
Em uma etapa plana, ocorreu o previsto e o quase imbatível Mark Cavendish (HTC-Highroad) venceu no sprint, para conseguir sua quarta vitória de etapa neste Tour de France. A camisa verde parece estar cada vez mais assegurada nas mãos do britânico.

No total, Cavendish levou 55 pontos no dia, sendo dez na meta volante e 45 na vitória da etapa. Ele totaliza 319 pontos e lidera a classificação por pontos. O segundo colocado é Jose Joaquin Rojas (Movistar), que conseguiu 31 pontos no dia, totalizando 282 pontos. Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto) vem atrás, com 248 pontos.

Após o pelotão alcançar a fuga, a três quilômetros do fim, Gilbert chegou a tentar um ataque individual, objetivando a conquista da etapa. Porém, a alta velocidade do pelotão, puxado pelo trem de embalada da HTC-Highroad, tratou por alcançá-lo. Nos metros finais, foi o mesmo do que se viu nos últimos anos: Cavendish, embalado pela equipe, atacou e venceu sem dificuldades o sprint.

A definição da camisa verde acontece apenas na última etapa, a chegada em Paris, quando acontece a próxima etapa plana. Amanhã, dia de descanso. Na terça-feira, etapa de média montanha, com uma subida de categoria dois nos quilômetros finais, e três etapas de alta montanha em seqüencia.

Oss [centro] e Farrar [dir.] ficam para trás e Cavendish [esq.] celebra (AFP)

No dia de hoje, houve uma meta de montanha de categoria quatro, que rendeu um ponto ao russo Mikhail Ignatyev (Katusha), membro da fuga. Mas nada se altera na posse da camisa de montanhista, que segue com Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto).

A classificação geral também terminou inalterada, com Thomas Voeckler (Europcar) mantendo a camisa amarela. A camisa branca também permanece com Rigoberto Uran (Sky).

Classificação

1 - Mark Cavendish (HTC-Highroad) 4:20:24
2 - Tyler Farrar (Team Garmin-Cervélo)
3 - Alessandro Petacchi (Lampre-ISD)
4 - Daniel Oss (Liquigas-Cannondale)
5 - Jose Joaquin Rojas (Movistar Team)
6 - Ben Swift (Sky Procycling)
7 - Gerald Ciolek (Quickstep Cycling Team)
8 - Tony Gallopin (Cofidis)
9 - Francisco José Ventoso (Movistar Team)
10 - Sébastien Hinault (AG2R La Mondiale)


Camisas para terça-feira

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto)
Branca: Rigoberto Uran (Sky)
Número amarelo (equipe): Leopard-Trek

Vinokourov anuncia aposentadoria

(AFP)
Como era esperado, o cazaque Alexander Vinokourov anunciou neste domingo (17) sua aposentadoria do ciclismo profissional. Há exatamente uma semana, ele sofreu uma grave queda em uma descida, na nona etapa do atual Tour de France, e fraturou o fêmur. Esta temporada já estava prevista como a última de sua carreira.

A informação partiu do próprio Vinokourov, aos microfones da emissora que transmite o Tour. Aos 37 anos de idade, Vinokourov teve um fim de semana antagônico na semana passada: no sábado, foi o camisa amarela virtual por quase toda a etapa, até ser alcançado pelo pelotão no quilômetro final. Já no dia seguinte, sofreu a lesão que encerra sua carreira precocemente.

"Vou continuar a andar de bicicleta, mas como amador e apenas para manter a forma. Com relação a continuar competindo, acho melhor deixar isso para lá", afirmou Vinokourov, quando perguntado se continuaria a competir após recuperar-se da lesão.

A queda aconteceu em uma curva, em uma estrada estreita e que requeria alta velocidade. As câmeras não captaram o momento exato da queda, mas Vinokourov, provavelmente, tentou desviar de outros ciclistas já caídos e acabou indo parar em um barranco ao lado da estrada. Ele não conseguia andar e foi auxiliado pelos companheiros da equipe Astana, para aguardar a ambulância à beira da estrada.

Vinokourov era o capitão da Astana, equipe de seu país da qual foi co-fundador, em 2007, e que tem apoio estatal para sua manutenção. Espera-se que o ex-ciclista continue ligado ao esporte, provavelmente como diretor esportivo ou treinador da equipe.

Profissional desde 1999, Vinokourov tem como suas principais conquistas a Vuelta a España (2006), a Critérium du Dauphiné (1999), duas Paris-Nice (2002 e 2003), o Tour de Suisse (2003), duas Liège–Bastogne–Liège (2005 e 2010), a Amstel Gold Race (2003), um campeonato cazaque (2005) e quatro vitórias de etapa no Tour de France.

sábado, 16 de julho de 2011

Aspas para Voeckler e os irmãos Schleck

Confira o que disseram três fortes candidatos à vitória no Tour, após a etapa de hoje.


(AFP)
Andy Schleck
"(Thomas) Voeckler está se mostrando muito forte, mais forte até do que se poderia imaginar. Ele é um batalhador e a camisa amarela lhe dá confiança e convicção. Neste momento, o melhor corredor é (Cadel) Evans, pois sempre faz um contra-relógio favorável às suas características".



(© Roberto Bettini)
Fränk Schleck
"Nós (ele e o irmão) tentamos vários ataques, mas o único que parecia interessado além de nós era Ivan Basso. Todos os outros apenas se entre-olhavam. Ivan, meu irmão e eu tentamos realmente correr. Nos dois quilômetros finais eu sofri, mas fiquei feliz com minha corrida. (Contador) não aparenta ter tanta vantagem, como em anos anteriores, então ele pode ser batido".






(© Sirotti)
Thomas Voeckler
"É difícil fazer comparações entre eu e os favoritos. Hoje eu devia apenas segui-los e sofri terrivelmente, mas talvez todos também sofreram. Não estou interessado em mostrar que sou o ciclista mais forte, mas sim em manter a camisa amarela. Fui capaz de fazê-lo e estou feliz por isso. Mas conseguir permanecer junto aos melhores escaladores foi uma surpresa também para mim. Em relação a 2004, quando (Lance) Armstrong foi o campeão e eu tive a camisa amarela, a situação foi muito diferente, pelo tempo e pelo vento. Com certeza eu estou melhor, esta (de hoje) foi a melhor subida de minha vida. No ciclismo, as coisas estão indo muito melhor, desde que me tornei profissional, em 2001. Em 2009, havia dito que tinha sido minha melhor temporada. Falei o mesmo em 2010 e talvez também direi isso no final desta temporada".

Basso se diz insatisfeito com o próprio trabalho e dá dica aos irmãos Schleck

Ivan Basso é o quinto colocado no geral (© Bettini)
O italiano Ivan Basso (Liquigas) afirmou estar insatisfeito com o próprio trabalho na etapa de hoje, em especial na última subida do dia, o Plateau de Beille. O campeão do Giro d'Italia do ano passado subiu sem a ajuda de seu principal gregário, Sylvester Szmyd, que não esteve bem.

"Hoje tínhamos em mente fazer um tipo de corrida, mas infelizmente Sylvester não estava em um bom dia, como em dias normais", disse Basso. "Em um momento, tive que mudar meus planos no início da subida e tive que atacar em um momento que não considero ideal", explicou.

Ele ainda chega a afirmar que os irmãos Schleck estão usando uma estratégia equivocada. "Acho que, para fazer a diferença, você não deve atacar quando ainda há 20 corredores no grupo. Você precisa de um grupo menor, com quatro ou cinco atletas", disse. "Acho que se Andy e Fränk (Schleck) querem bater Cadel (Evans) e os outros, eles precisam começar a forçar mais no início da subida, senão ficará difícil", afirmou o italiano.

"Para que um ataque seja efetivo, ele precisa vir de um grupo pequeno de ciclistas. Quando se está em um grupo de 20 atletas, o ataque não faz diferença. É preciso começar a forçar no início das subidas", completou.

Apesar de não conseguir subir na classificação geral - ainda é o quinto colocado -, Basso se agradou de não ter perdido tempo algum. "O dia não foi completamente positivo para mim, então não estou muito feliz, mas não demos nenhum passo atrás, permanecemos onde estávamos", afirmou.

Favoritos apenas 'se estudam' e Vanendert vence etapa

Belga leva a etapa e a camisa de montanhista (AFP)

Mesmo com seis metas de montanha, incluindo uma subida fora de categoria na chegada, a 14ª etapa do Tour de France parece ter frustrado expectativas. Jean-François Pescheux, analista do site oficial da competição, havia escrito que esta etapa seria o divisor de águas, inclusive com a possibilidade do surgimento de um campeão em potencial. Não aconteceu.

O vencedor da etapa foi o belga Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto), que subia o Plateau de Beille junto ao pelotão dos favoritos e atacou nos quilômetros finais para levar a etapa. Samuel Sanchez (Euskatel) fez o mesmo, chegando em segundo e colocando cerca de 26 segundos de vantagem para os "peixes grandes".

Como escreveu Pescheux na prévia da etapa, "todo corredor que havia vencido no Plateau de Beille em anos anteriores terminou por vencer o Tour no mesmo ano". Mas o que se viu hoje foi uma série de pequenos ataques, imediatamente neutralizados, no grupo formado por Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard), Andy e Fränk Schleck (Leopard-Trek), Ivan Basso (Liquigas), Cadel Evans (BMC), Damiano Cunego (Lampre-ISD) e o camisa amarela Thomas Voeckler (Europcar).
Voeckler celebra a manutenção da camisa de líder (AFP)

Talvez a maior frustração deste grupo foi Contador. Em maio, no Giro d'Italia, ele realizava ataques impiedosos nas subidas italianas, que são tidas como mais duras do que as francesas. Neste Tour, porém, ele apenas marca seus adversários, não toma a iniciativa de um ataque sequer. Ele havia afirmado anteriormente que pretende tirar muito de seu atraso no contra-relógio individual, na penúltima etapa. Talvez seja esse o planejamento ao não atacar, pelo menos por enquanto, nas etapas de alta montanha.

Andy Schleck, vice-campeão das duas últimas edições, foi o que mais mostrou interesse nesse grupo. Ele foi o que mais esteve à frente, seguido de perto pelo espanhol e pelo camisa amarela. Basso também esteve à frente em vários momentos. Schleck, inclusive, fez outro pequeno ataque nos metros finais, cruzando a linha de chegada dois segundos antes do grupo.

Voeckler vem fazendo o básico e vem se mantendo em amarelo. A falta de grandes ataques é um fator favorável ao francês, que pode manter a camisa, pelo menos, até a próxima quarta-feira, quando acontece a próxima etapa de alta montanha.

Pode-se dizer que o maior vencedor do grupo foi o colombiano Rigoberto Uran (Sky), que cruzou a linha de chegada em quinto. Na classificação geral, ele não tem muitas chances, tendo quase oito minutos de atraso para Voeckler. Mas a colocação no dia lhe concede a camisa branca, de líder entre os jovens. Ele tem 1:07 minuto de frente para o vice-líder, Rein Taaramae (Cofidis).

A vitória de Vanendert no Plateau de Beille lhe rendeu 40 pontos na disputa pela camisa de montanhista. Desta forma, ele lidera a briga, com um total de 74 pontos e larga amanhã, etapa plana, com a camisa de bolinhas. Sanchez, que chegou logo após Vanendert, é o vice-líder, com 72 pontos.

A Leopard-Trek volta a ficar em primeiro na classificação das equipes e larga com o número amarelo amanhã. A camisa verde não viu alterações na classificação geral.

Classificação

1 - Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto) 5:13:25
2 - Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi) +0:00:21
3 - Andy Schleck (Leopard Trek) +0:00:46
4 - Cadel Evans (BMC Racing Team) +0:00:48
5 - Rigoberto Uran (Sky Procycling)
6 - Alberto Contador (Saxo Bank Sungard)
7 - Thomas Voeckler (Team Europcar)
8 - Fränk Schleck (Leopard-Trek)
9 - Jean-Christophe Peraud (AG2R La Mondiale)
10 - Pierre Rolland (Team Europcar)

Camisas para amanhã

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto)
Branca: Rigoberto Uran (Sky)
Número amarelo (equipe): Leopard-Trek

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Em uma perseguição de 30km, Hushovd alcança fuga e vence etapa

Norueguês vence nona etapa de Tour da carreira (AFP)
Em uma grande perseguição, Thor Hushovd (Garmin-Cervélo) conseguiu, quase que sozinho, superar Jérémy Roy (FDJ), que liderava a fuga da etapa, para cruzar a linha em primeiro lugar. O ex-camisa amarela chegou a estar dois minutos atrás do francês, mas conseguiu alcançá-lo nos quilômetros finais.

Na nona vitória de etapa de Tour na carreira, Hushovd teve mais de sete minutos de vantagem em relação ao pelotão, mas sequer está perto de recuperar a maillot jaune. Ele ainda está quase 30 minutos atrás do líder Thomas Voeckler (Europcar).

Entrando em uma fuga antes da metade do percurso, Roy venceu duas das três metas de montanha do dia, somando 21 pontos. 20 destes foram na montanha fora de categoria, o Col d'Aubisque. Com a pontuação, ele passa a liderar a disputa pela camisa de montanhista, com 45 pontos. Samuel Sanchez (Euskatel), que largou com ela hoje, é o segundo, com 40 pontos.

Roy fez seu principal ataque na maior subida do dia, o Col d'Aubisque, juntamente ao compatriota David Moncoutie (Cofidis). Hushovd, que não tem as subidas como especialidade, ficou para trás. Os dois franceses subiram, venceram a meta de montanha e começaram a descida de 30 quilômetros.
Mesmo não vencendo, Roy ficou com a camisa de montanhista (© Sirotti)

Roy se desgarrou de Moncoutie, com cerca de um minuto de frente. Hushovd enquanto isso alcançou Moncoutie e os dois desceram juntos. Os últimos 15 quilômetros da etapa foram em terreno plano e Roy, sozinho, viu sua vantagem para os dois concorrentes apenas diminuir.

Quando alcançou Roy, a três quilômetros da chegada, Hushovd ainda teve pernas para atacá-lo e vencer com tranqüilidade, com dez segundos de vantagem para Moncoutie e 26 para Roy.

As camisas verde e branca não trocam de donos, permanecendo com Mark Cavendish (HTC-Highroad) e Arnold Jannesson (FDJ), respectivamente. Alessandro Petacchi (Lampre), campeão por pontos no ano passado, mas muito mal neste ano, obteve 19 pontos hoje, entre a meta volante e a chegada. Porém ele está quase 200 pontos atrás de Cavendish na classificação.

Se não foi o bastante para recuperar a camisa amarela, a vitória de Hushovd ajudou a Garmin-Cervélo, que agora volta a ser a melhor na classificação entre as equipes.

Classificação

1 - Thor Hushovd (Team Garmin-Cervélo) 3:47:36
2 - David Moncoutie (Cofidis) +0:00:10
3 - Jérémy Roy (FDJ) +0:00:26
4 - Lars Ytting Bak (HTC-Highroad) +0:05:00
5 - Jérôme Pineau (Quickstep Cycling Team) +0:05:02
6 - Edvald Boasson Hagen (Sky Procycling) +0:05:03
7 - Vladimir Gusev (Katusha Team) +0:05:08
8 - Alessandro Petacchi (Lampre-ISD) +0:05:16
9 - Maarten Tjallingii (Rabobank Cycling Team)
10 - Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto)

Camisas para amanhã

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Jérémy Roy (FDJ)
Branca: Arnold Jannesson (FDJ)
Número amarelo (equipe): Garmin-Cervélo

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sanchez vence etapa, irmãos Schleck aparecem e Contador sobe

Espanhol comemora vitória da dura etapa (AFP)

A primeira etapa de alta montanha do Tour de France foi movimentada. O espanhol Samuel Sanchez (Euskatel) foi o vencedor e os corredores considerados favoritos à vitória da prova já aparecem entre os dez primeiros.

Além de longa (211 quilômetros), a etapa ainda contou com uma subida de categoria um e duas fora de categoria. Com isso, foram mais de seis horas para a conclusão do percurso.

Muitas posições entre os dez primeiros foram alteradas. Thomas Voeckler (Europcar) manteve a camisa amarela, mas com Fränk Schleck (Leopard-Trek) em sua cola, com 1:49 minuto atrás, e não mais Luis-Leon Sanchez (Rabobank), que teve mais de 17 minutos de atraso. Dois grandes candidatos também entraram no grupo dos dez primeiros: Ivan Basso (Liquigas) e Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard).
Basso finalmente deu as caras e é o quinto colocado geral (© Sirotti)

O espanhol, porém, parece ter tido dificuldades na última subida. Enquanto marcava Andy Schleck (Leopard-Trek) de perto, tentou um pequeno ataque, mas não durou. Para piorar, quando o outro Schleck, Fränk, atacou, ele nada fez e levou 33 segundos do luxemburguês. Ele também terminou 13 segundos atrás de Basso, Cadel Evans (BMC) e Andy Schleck.

Fränk Schleck pode ser considerado, agora, o principal favorito. Com o ataque na marca de três quilômetros para a chegada, ele chegou 40 segundos à frente de Voeckler. Está 1:49 minuto atrás do francês, mas tem vantagem em relação aos concorrentes e pode ter a Leopard-Trek trabalhando por ele daqui para frente.

Contador tem quatro minutos de atraso para o líder geral, sendo o sétimo colocado. Além das várias subidas restantes, sua especialidade, ele ainda tem uma força no contra-relógio individual, na vigésima etapa. Na classificação geral, ele é o sétimo, sendo que largou hoje como o 16º.
Fränk Schleck atacou nos últimos quilômetros e é o vice líder (© Sirotti)

Com a vitória da etapa, Sanchez obteve 40 pontos na última meta de montanha da etapa e é o novo dono da camisa de montanhista, que era de Johnny Hoogerland (Vacansoleil) na largada.

A camisa branca também tem novo dono. Robert Gesink (Rabobank) levou quase 17 minutos de atraso no dia e o francês Arnold Jannesson (FDJ) é o novo líder entre os jovens. Rein Taaramae (Cofidis) é o vice-líder, com 1:37 minuto de atraso.

O bom desempenho dos irmãos Schleck ajudou, também, a caçula Leopard-Trek, que é a nova líder na classificação geral entre as equipes. A camisa verde permanece com Mark Cavendish, que somou nove pontos na meta volante do dia e soma 260 pontos no total.

Amanhã uma etapa curta, de 152,5 quilômetros, mas com três metas de montanha. As duas primeiras de categorias três e quatro, respectivamente, e a última fora de categoria, com 16,4 quilômetros de cumprimento e 7,1% de inclinação média.

Classificação

1 - Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi) 6:01:15)
2 - Jelle Vanendert (Omega Pharma-Lotto) +0:00:07
3 - Fränk Schleck (Leopard-Trek) +0:00:10)
4 - Ivan Basso (Liquigas-Cannondale) +0:00:30)
5 - Cadel Evans (BMC Racing Team)
6 - Andy Schleck (Leopard-Trek)
7 - Damiano Cunego (Lampre-ISD) +0:00:35
8 - Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard) +0:00:43
9 - Thomas Voeckler (Team Europcar) +0:00:50
10 - Pierre Rolland (Team Europcar)

Camisas para amanhã

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi)
Branca: Arnold Jannesson (FDJ)
Número amarelo (equipe): Leopard-Trek

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cavendish dá o troco em Greipel e veste verde

Após ser batido pelo ex-companheiro no dia de ontem, Cavendish vence (Bettini)
Não pude acompanhar sequer um segundo da etapa de hoje, mas vamos aos resultados mais importantes.

O britânico Mark Cavendish (HTC-Highroad) foi o vencedor da curta décima primeira etapa, vencendo, no sprint final, o alemão André Greipel (Omega Pharma-Lotto), que o havia batido na etapa de ontem. Com a vitória, Cavendish bate recordes e veste a camisa verde.

Com o triunfo, Cavendish, de 26 anos, tem agora 18 vitórias de etapa de Tour em sua carreira, sendo o oitavo com mais vitórias na história da volta. O líder é o belga Eddy Merckx, com 34 vitórias.

Além de estar fazendo história, Cavendish deu, também, um enorme passo para o atual Tour. Com os 45 pontos da vitória e outros nove obtidos na meta volante do dia, ele ultrapassa Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto) na disputa por pontos e toma-lhe a camisa verde.

O campeão belga foi tão mal no dia que não foi ultrapassado apenas por Cavendish na classificação geral por pontos, mas, também, por Jose Joaquin Rojas (Movistar). Agora, Cavendish é o líder, com 251 pontos, Rojas o segundo, com 235, e Gilbert o terceiro, com 231. A próxima etapa plana desta edição acontece no domingo, dia 17.

(© Sirotti)

A posse de nenhuma das outras camisas foi alterada. Com a amarela, segue Thomas Voeckler (Europcar), com a de bolinhas, Johnny Hoogerland (Vacansoleil), e com a branca, Robert Gesink (Rabobank).

Contudo, todas estas camisas (talvez não a verde) podem ter seus donos alterados nos próximos dias, pois a partir de amanhã começam as etapas de alta montanha. Serão três metas de montanha, uma de categoria um e duas fora de categoria.

Os donos das camisas amarela e de montanhista, Voeckler e Hoogerland, respectivamente, conseguiram ambos suas camisas através de uma fuga. Portanto, não se espera que eles sejam capazes de mantê-las por muito tempo.

Melhores escaladores, como Evans, os irmãos Schleck, Martin, Contador e Basso têm grandes possibilidades de efetuar ataques nas subidas e, talvez, ficarem com as camisas. De um jeito ou de outro... o Tour "começou"!

Classificação

1 - Mark Cavendish (HTC-Highroad) 3:46:07
2 - André Greipel (Omega Pharma-Lotto)
3 - Tyler Farrar (Team Garmin-Cervélo)
4 - Denis Galimzyanov (Katusha Team)
5 - Edvald Boasson Hagen (Sky Procycling)
6 - Romain Feillu (Vacansoleil-DCM)
7 - Jose Joaquin Rojas (Movistar Team)
8 - Sébastien Turgot (Team Europcar)
9 - Francisco José Ventoso (Movistar Team)
10 - William Bonnet (FDJ)

Camisas para amanhã

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Mark Cavendish (HTC-Highroad)
Bolinhas: Johnny Hoogerland (Vacansoleil-DCM)
Branca: Robert Gesink (Rabobank)
Número amarelo (equipe): Europcar


terça-feira, 12 de julho de 2011

Contador nega abandono: "quero chegar a Paris como o vencedor"

Contador, o atual campeão do Tour (© Bettini)

Negando rumores de que poderia abandonar o Tour de France, o espanhol Alberto Contador (Saxo Bank-Sungard) afirmou que o joelho direito está melhor e que deverá estar pronto para as subidas.

O atual campeão já vinha com dores no joelho desde o início da prova, mas viu um agravamento da lesão no domingo, quando se envolveu em uma queda. Ele fez várias reclamações da lesão publicamente, inclusive através de seu Twitter, onde postou uma foto do tratamento de acupuntura que fez no local lesionado.

"Estou me sentindo melhor e melhor", disse o capitão da Saxo Bank após a etapa de hoje. "No começo da etapa, eu não tinha certeza do que pensar, mas, com o tempo, a dor foi diminuindo", contou.

A pequena meta de montanha nos quilômetros finais da etapa - categoria quatro - não foi empecilho para ele. "Na última subida, estávamos andando tão rápido que o pelotão se quebrou e eu fiquei um pouco para trás, mas eu fui capaz de ir para a frente e isso é bom, pois mostra que as pernas estão boas", afirmou.

Amanhã acontecerá uma nova etapa plana, antes do início das etapas de alta montanha. Já na quinta-feira, uma etapa com uma subida de categoria um e duas fora de categoria.

Para o ciclista, a etapa de amanhã será essencial para seu desempenho nas subidas. "Espero que mais um dia no pelotão possa me deixar preparado para as subidas", disse. "Meu objetivo permanece o mesmo: chegar a Paris como o vencedor", concluiu.

Release do Campeonato Mineiro 2011

(noispedala.com.br)
Confira o texto produzido pelos organizadores do Campeonato Mineiro 2011, realizado em Patos de Minas neste final de semana, com o relato de como foi a competição. Parabéns a toda a organização!

Por Noispedala.com.br

"As atenções do ciclismo mineiro neste fim de semana ficaram voltadas para Patos de Minas, onde pela primeira vez a cidade, que abriga diversos atletas da modalidade, recebeu a primeira etapa do Campeonato Mineiro de Ciclismo 2011.

Participaram cerca de 60 atletas dos quatro cantos do estado e alguns que até residem em outros locais do Brasil.

Foram dois dias de provas. No sábado, a movimentação foi iniciada pela manhã, com o congresso técnico realizado no Teatro Municipal Leão de Formosa. Às 15 horas foi realizada a prova de circuito nas margens da Lagoa Grande. O enorme atraso em virtude das falhas do sistema de cronometragem, cuja responsabilidade era da Federação Mineira de Ciclismo, ofuscou um pouco o brilho da competição. A prova foi aberta com a categoria open, onde correram atletas não federados. Logo após tivemos a bateria das másters e finalizando, já no período da noite, as categorias de elite e cia.

Fechando a programação de sábado, a organização da prova presenteou todos os atletas e familiares com um rodízio de pizza na Pizzaria Brunella. A grande maioria dos atletas compareceu e o clima de amizade e companheirismo deste jantar deverá ser lembrado por muito tempo. Parabéns aos idealizadores deste jantar.

Já no domingo, o bicho pegou. A concentração foi nas dependências do Posto Marabá, defronte ao Parque de Exposições. Um enorme pelotão foi criado na subida da Avenida Marabá, até o encontro com a Polícia Rodoviária, logo após o Trevo da rodovia MGC-354.

Foi uma prova muito dura e organizada. Primeiro largaram os atletas que percorreram o percurso completo de 90 km. Três minutos depois foi a vez dos participantes das categorias que tinham que pedalar até a conhecida pamonharia, somando 70 km. Já era Meio dia em ponto quando Silvinho Amorim finalizou o percurso completo. Foi ele quem levou a melhor entre todos aqueles que tinham os 90 km para percorrer. Na elite quem venceu foi Dheime Galvão. Deve ser ressaltado o total apoio da Polícia Rodoviária Estadual que acompanhou a prova com batedores e organizando o trânsito.

A organização da prova agradece principalmente a Prefeitura Municipal, através da prefeita Béia Savassi, à Cemil e ao Noispedala.com.br."

Greipel bate Cavendish no sprint e leva a décima etapa

Greipel consegue primeira vitória no Tour em sua carreira (AFP)
Em etapa plana, o alemão André Greipel (Omega Pharma-Lotto) venceu o sprint final, batendo seu ex-companheiro e grande favorito, Mark Cavendish (HTC-Highroad), que chegou em segundo. Jose Joaquin Rojas (Movistar) e Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto) também conseguiram pontos importantes na disputa pela camisa verde.

A disputa pela camisa amarela não mudou, apesar da ousadia de Thomas Voeckler (Europcar), atual líder. Na última meta de montanha do dia, a cerca de 15 quilômetros da chegada, o francês tentou um ataque para se desgarrar do pelotão, junto a três outros corredores, incluindo Gilbert. Porém, a vantagem chegou a apenas 11 segundos, com o pelotão neutralizando a nova fuga depois de alguns minutos.

Nas quatro metas de montanha do dia, o grande vitorioso foi o italiano Marco Marcato (Vacansoleil), membro da primeira fuga que se formou, com seis atletas. Ele venceu três delas, somando cinco pontos, mas ainda está muito longe do líder e companheiro de equipe, Johnny Hoogerland, que tem 22. Com a camisa de bolinhas, este sofreu para cumprir a etapa, com os vários ferimentos após a etapa de domingo, quando foi arremessado em uma cerca de arame farpado.

(AFP)

A briga pela camisa verde está acirrada, com Gilbert, Rojas e Cavendish lutando forte por ela. O britânico foi quem mais pontuou no dia, com nove pontos na meta volante e 35 por cruzar a linha de chegada em segundo. Rojas também foi bem, com sete na meta volante e 30 na chegada (terceiro colocado), enquanto Gilbert conseguiu apenas cinco na meta volante e quatro na chegada.

Na classificação geral, porém, a ordem está invertida. Gilbert é o primeiro, com 226 pontos, seguido de Rojas, com 206, e de Cavendish, com 197. Uma nova etapa plana amanhã poderá mexer ainda mais nessa disputa.

Classificação

1 - André Greipel (Omega Pharma-Lotto) 3:31:21
2 - Mark Cavendish (HTC-Highroad)
3 - Jose Joaquin Rojas (Movistar Team)
4 - Thor Hushovd (Team Garmin-Cervélo)
5 - Romain Feillu (Vacansoleil-DCM)
6 - Daniel Oss (Liquigas-Cannondale)
7 - Sébastien Hinault (AG2R La Mondiale)
8 - Borut Bozic (Vacansoleil-DCM)
9 - Geraint Thomas (Sky Procycling)
10 - Samuel Dumoulin (Cofidis)

Camisas para amanhã

Amarela: Thomas Voeckler (Europcar)
Verde: Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto)
Bolinhas: Johnny Hoogerland (Vacansoleil-DCM)
Branca: Robert Gesink (Rabobank)
Número amarelo (equipe): Europcar