segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vídeo - Ivan Basso no velódromo

O italiano Ivan Basso, da Liquigas-Cannondale, atual campeão do Giro d'Italia, em treino de velocidade em Montichiari, no norte da Itália. O treinamento serve também de teste para os novos capacetes da equipe, da marca Rudy Project. Basso é apontado por muitos, inclusive Schleck e Evans, como um dos favoritos ao Tour de France deste ano.

Millar acredita no talento da Garmin-Cervélo

David Millar, ao centro (www.slipstreamsports.com)

Apesar da demissão do diretor e amigo Matt White no último dia 23, o britânico David Millar ainda acredita que a Garmin-Cervélo, do brasileiro Murilo Fischer, é uma das equipes mais fortes do WorldTour da UCI.

Durante o primeiro dia do último training camp da equipe estadunidense, Millar falou publicamente pela primeira vez após a demissão de White. "É um time muito afiado, com muitos rapazes excelentes. No papel, temos talvez o melhor time para as provas diárias Clássicas e uma das melhores para grandes voltas. É bem impressionante", falou Millar.

Millar foi a principal peça que trouxe White para o time em 2008, convencendo o australiano a "pendurar as chuteiras" e começar a carreira como diretor esportivo. White poderia ter corrido por, pelo menos, mais um ano (tinha 33 anos à época), mas Millar e Jonathan Vaughters, diretor da Garmin, acreditaram em seu potencial como diretor.

Em janeiro deste ano, porém, White foi demitido após a descoberta de que, em abril de 2009, ele teria enviado um atleta da equipe, Trent Lowe, para um exame médico sem comunicar a equipe, o que vai contra a política do time. "Perder 'Whitey' foi horrível. Ele é um de meus melhores amigos. Foi um grande choque, foi duro para todos nós e irá nos afetar por um bom tempo. Ele era uma figura tão amada no time e tão carismática, mas você tem que seguir em frente e eu acho que temos muitos bons ciclistas", afirma Millar.

Mas apesar do embróglio envolvendo White, Millar, que teve em 2010 uma de suas melhores temporadas como profissional, procura dar continuidade ao bom momento. Com a Garmin muito mais forte este ano, haverá menos pressão em Millar para correr as três grandes voltas do ano, o que o possibilitará de não correr a Vuelta a España e de não completar o Giro d'Italia, mantendo o foco no Tour de France. "Meu programa será Algarve, Omloop Het Nieuwsblad, Strade Bianche, Tirreno-Adriatico e Milan-San Remo. Meu planejamento sempre foi começar a temporada mais devagar e a Tirreno me possibilita isso, para chegar bem em abril e ajudar os companheiros na Flanders e a chegar muito bem no Giro", conta Millar.

Para Evans, Schleck e Basso são seus principais concorrentes no TDF

Para o australiano Cadel Evans (foto), da BMC, dois são seus principais concorrentes na disputa pelo Tour de France deste ano: Andy Schleck e Ivan Basso. Ele também mostrou satisfação após um ano na equipe suíça.

"Certamente Andy, no papel, é o cara que todos estarão olhando. E com o Ivan de volta ao Tour e sem correr o Giro, a Liquigas tem um time muito bom para as provas de três semanas, como mostraram no Giro do ano passado", afirmou Evans, durante o training camp de sua equipe, em Denia, na Espanha.

Como Evans, Basso treina no centro esportivo Mapei Sport, em Castellanza, no norte da Itália. Mas não haverá "jogo de compadre" em julho, apesar de ambos terem tido relações próximas com o falecido Aldo Sassi, diretor do centro esportivo Mapei. "Estamos buscando os mesmos objetivos e estamos usando basicamente as mesmas ferramentas, então, no final das contas, somos parecidos em alguns aspectos", explica Evans. "Mas se você quer vencer um Tour de France, você tem que vencer um cara como Ivan Basso. Mas com tudo que aconteceu nos últimos 12 meses, no Giro, com Ivan e também com Aldo (Sassi), eu olho para Ivan com olhos diferentes em relação a meus outros adversários", conta o australiano.

Sassi faleceu em dezembro, vítima de câncer. Evans é hoje acompanhado por Andrea Morelli. O atleta conta que, apesar de sua relação profissional com o centro continuar a mesma, a relação humana está abalada pela perda do amigo. "Normalmente estes treinamentos são encarados como um negócio, mas agora, sem Aldo, o ar e o sentimento aqui no Mapei está infelizmente mudado por completo", conta Evans.

O campeão mundial da UCI em 2009 também falou de sua satisfação em fazer parte da BMC, em comparação com os cinco anos que passou na Lotto. "Na Lotto, eu era comumente forçado a correr provas que eu não queria correr e a disputar o título em momentos em que o melhor seria apenas treinar. Mas essas coisas acontecem", pondera Evans. "A BMC e eu temos total confiança um no outro. Acho que quando se quer vencer o Tour, ter 100% de confiança em sua equipe torna maiores as chances de conseguir algo grande e acho que isso é o mais importante", afirma o australiano, que não correrá o Giro deste ano, para se concentrar no Tour.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Contador deixa o training camp da Saxo Bank

Contador na entrevista coletiva de sexta-feira (AFP)

Na manhã deste domingo (30), o espanhol Alberto Contador deixou o training camp de sua equipe, a Saxo Bank SunGard, em Mallorca, na Espanha, para retornar para casa, em Madri. Contador recebeu, na última quarta-feira, da Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) uma sugestão de suspensão de um ano, após ser flagrado nos exames anti-doping no Tour de France do ano passado.

Ainda alegando inocência no caso, o atleta está confiante em sua absolvição no caso. "Acho que é o melhor momento para voltar para minha família. Eu espero e tenho certeza que voltarei para cá em breve", afirmou Contador, que recorreu da decisão da RFEC.

A decisão final da comissão disciplinar será divulgada até o dia 9 de fevereiro. Contador concedeu entrevista coletiva na tarde da última sexta-feira e se declarou inocente. Na entrevista, ele garantiu que recorreria da decisão da RFEC, tendo um prazo de dez dias para fazê-lo.

De equipe nova, Kreuziger vê Vinokourov como mentor

Roman Kreuziger, novo destaque da Astana (AFP)

Após uma destacada participação no Tour de France 2010, onde terminou em terceiro lugar entre ciclistas com 25 anos ou menos, o checo Roman Kreuziger chamou atenção da multi-campeã equipe cazaque Astana, do consagrado Alexander Vinokourov. Kreuziger vê uma boa oportunidade de crescimento, espelhando-se no companheiro de equipe, 13 anos mais velho.

Na apresentação da equipe nesta sexta-feira (28) em Mônaco, a equipe exibiu um misto de experiência e de renovação, com uma média de idade de 28 anos entre os 27 atletas, sendo dez deles novas contratações. O diretor da equipe, Giuseppe Martinelli, procurou conciliar na equipe duas gerações de corredores: um jovem e talentoso Kreuziger (de 24 anos), com um herói nacional, mais motivado do que nunca que é Vinokourov (de 37), que poderá encerrar a carreira após esta temporada. "Nós combinamos a antiga geração com aquela que está chegando agora, num time que tem grandes metas a longo prazo", explicou Kairat Kelimbetov, presidente da empresa estatal que patrocina a Astana, fornecendo um orçamento anual de 15 milhões de euros.

Vinokourov demonstra confiança naquele que é cotado para ser seu substituto após a aposentadoria. "Estamos muito confiantes nele. Ele ainda é muito jovem, mas já é profissional há seis anos. Ele tem um potencial enorme. Mesmo com as diferenças de uma prova de três semanas para uma prova diária (especialidade de Kreuziger), estou certo de que ele irá bem no Giro d'Italia deste ano", afirma o cazaque.

Kreuziger, vencedor de provas diárias como o Tour de Suisse e o Tour de Romandie, procura melhorar sua colocação em provas de Grand Tour, a começar por buscar o título no Giro deste ano - uma vez que, sem Vinokourov, o próprio Kreuziger será o capitão do time na prova. "Eu cheguei em um ponto de minha carreira onde sinto que preciso assumir responsabilidades. Vou para o Giro para vencê-lo", falou Kreuziger em seu novo uniforme, após cinco anos na Liquigas.

O checo fala em aproveitar a experiência de Vinokourov (foto), que será uma espécie de mentor para o jovem. "Estou muito feliz neste time, já me acostumei com todos. Preciso de uma novidade para me motivar de novo. Para crescer, este time foi a melhor solução. Sempre me disseram que esperava muito que os outros tomassem a iniciativa nas corridas e Vino irá me guiar agora, sobre quando é o melhor momento para atacar e me destacar nas corridas", explica Kreuziger.

Já a estrela cazaque não disputará o Giro este ano, para concentrar suas forças no Tour, pois afirma que este pode ser o último ano de sua vitoriosa carreira (afirmação que ele também fez no início de 2010). "Vou me concentrar no Tour, na Paris-Nice e nas Clássicas (das Ardenas). Com 37 anos, eu não posso correr ambas, Tour e Giro, e ser competitivo. É difícil dizer se vou continuar após este ano, pois quando você tem resultados e ainda está motivado... eu já tenho uma camisa rosa e uma dourada em casa, então, ainda me falta a amarela!", disse Vinokourov.

A Astana, então, apoiará Kreuziger no Giro e Vinokourov no Tour. Depois, provavelmente Kreuziger novamente na Vuelta, mas ainda não é certo. "Seremos competitivos durante todo o calendário. Temos dois grandes capitães, mas também temos muitas outras cartas a jogar. O time está muito mais aberto do que era no passado", afirmou Martinelli, satisfeito com o reformulado time.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Schleck: "Sem Contador, eu posso me considerar o vencedor"

Cancellara, Fränk e Andy Schleck (divulgação)

Vice-campeão do Tour de France por dois anos seguidos, sendo o espanhol Alberto Contador o campeão em ambos, o luxemburguês Andy Schleck afirma que esta é a sua grande chance de se tornar o campeão da volta francesa, uma vez que Contador poderá ser suspenso por um ano, após ser flagrado em exames anti-doping. Ele ainda diz que vê o italiano Ivan Basso, atual campeão do Giro d'Italia, como principal oponente na briga pelo Tour em 2011, caso a ausência de Contador seja confirmada.

Em entrevista ao jornal italiano "La Gazzetta dello Sport", Schleck, da equipe Leopard-Trek, fala sobre o atual campeão do Giro. "O oponente mais difícil será Basso. Ele tem a mente, as pernas, a experiência e, desta vez, ele decidiu correr apenas o Tour", explicou Schleck.

Basso, vencedor do Giro em 2010 (divulgação)

Basso, da Liquigas-Cannondale, não tentará o terceiro título na maior volta de seu país, mas focará na busca pela vitória em solo francês. Antes de ser suspenso em 2007 por doping, ele havia terminado em terceiro (2004) e em segundo (2005) na competição francesa.

O principal adversário de Schleck nos últimos anos, Contador, corre o risco de receber suspensão de um ano. Atrás do espanhol por apenas 39 segundos no Tour do ano passado, Schleck terá uma boa chance de terminar na ponta em 2011, caso a suspensão seja efetivada. "Na estrada, Contador foi mais forte que eu, o mais forte de todos. Se você pode provar que ele não respeitou as regras, eu posso me considerar o vencedor. Do contrário, permanecerei em segundo", afirma Schleck.

Ao lado do irmão Fränk, Schleck liderará a Leopard-Trek, fundada pelos próprios irmãos, ao longo da temporada. Antes do Tour, as metas da nova equipe serão as provas diárias "Clássicas das Ardenas": a Amstel Gold, na Holanda, a Flèche Wallonne e a Liège-Bastogne-Liège, ambas na Bélgica (confira no calendário).

Para se preparar para as corridas e para enfrentar Basso no Tour, Schleck vem treinando na academia no período de férias. "Menos bicicleta e mais academia. Mais força não significa mais peso, mas porque o peso é idêntico, isso significa mais força na subida. Alongamento e exercícios de mobilidade para as costas irão ajudar no contra-relógio. Eu tenho espaço para melhorar. Os resultados só serão vistos durante a temporada. É um processo longo", explica Schleck.

O Tour será a primeira grande volta de Schleck no ano. No ano passado, Basso correu ambas as voltas, o Giro e o Tour. Vencendo a corrida italiana, Basso sofreu na francesa. "É duro. Não apenas pela proximidade. Também depende das rotas, do clima. Se o Giro for frio e chuvoso, você sofrerá. O Giro é normalmente mais difícil por causa das rotas e o Tour por casa da pressão e da disputa. Mas eu retornarei ao Giro, cedo ou tarde", prometeu Schleck, que não disputa o Giro desde 2007, quando foi vice-campeão e foi o melhor corredor entre os jovens.

Contador alega inocência e ataca sistema de testes anti-doping

Contador e Riis na entrevista coletiva desta sexta-feira (AFP)

Em entrevista coletiva programada para esta sexta-feira (28), o espanhol Alberto Contador, flagrado nos exames anti-doping do Tour de France de 2010, que apontaram a presença da substância Clenbuterol, alegou inocência no caso e desferiu pesadas críticas ao sistema de testes anti-doping utilizados no ciclismo profissional.

Enquanto sua equipe, a Saxo Bank-SunGard, treinava em Mallorca, na Espanha, o tri-campeão do Tour concedeu entrevista coletiva ao lado do manager do time, Bjarne Riis, no hotel em que a equipe se hospeda. "Farei o que for necessário para defender a minha inocência até o fim. A punição não é justa", alega o atleta.

Contador mantém a explicação de que o Clenbuterol encontrado em sua amostra de sangue foi ingerido de forma acidental, através do consumo de carne contaminada. "Eu nunca dopei. Penso que sou um exemplo de limpeza. Eu acreditava no sistema de testes, mas, hoje, não. Eu não acredito no sistema. Eu sei ao que estou exposto e por isso nunca dopei", afirma. "O único erro que cometi foi comer carne que contém Clenbuterol. Eu já havia feito uns 500 controles na minha vida, seja em minha casa, em aniversários, já me tiraram do cinema... e eu aceitava isso, pois sempre confiei no sistema, mas não acredito mais. O sistema é obsoleto e antiquado", opinou o espanhol.

Ele também reclama de ter ouvido da punição proposta pela Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) atrvés da imprensa, ao invés de ouvir diretamente das fontes oficiais. "É vergonhoso que isso tenha saído na imprensa antes de eu ter sido comunicado oficialmente. Tudo isso me fez perceber as lacunas e o quão pobre o esporte se encontra, pois eu concedi e sofri tanto", disse Contador.

Mudando o discurso que deu em outubro, Contador, hoje, nega que se aposentará do ciclismo, caso seja realmente suspenso.

Riis, que o acompanhou na entrevista, não comenta as especulações sobre quais serão as atitudes da Saxo Bank, caso Contador seja realmente suspenso. "Ainda é especulação. Precisamos aguardar a decisão final. Estou ciente da possibilidade de Alberto não correr conosco este ano. Eu tenho um planejamento que inclui Alberto e um planejamento que não inclui, mas isto é algo que eu guardo em segredo no momento", explicou o dirigente.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

McQuaid diz que Saxo Bank não perderá os pontos de Contador no rânking

Pat McQuaid, presidente da UCI (divulgação)

Na tarde desta quinta-feira (27), o presidente da UCI, Pat McQuaid, garantiu que, mesmo que Alberto Contador tenha seu título do Tour de France 2010 revogado, a Saxo Bank-SunGard não perderá seus pontos no rânking do Pro Tour, que garante a participação das equipes nas principais competições da UCI na temporada.

"Os pontos dos ProTeam (times profissionais) continuarão os mesmos", afirmou McQuaid em entrevista. "Os pontos foram calculados em outubro e mesmo que Contador seja sancionado e perca seu título do Tour de France, os pontos permanecerão os mesmos. Sei que alguns times devem ficar nervosos por causa disso, mas penso que nós não estamos abertos para um desafio legal", concluiu o presidente.

A Saxo Bank contratou Contador para preencher a lacuna deixada por Andy Schleck, que junto do irmão, Frank, fundou a equipe Leopard-Trek. Depois da aquisição, a Saxo Bank garantiu a décima colocação no rânking do Pro Tour da UCI, que garante licenças de ProTeam às equipes para a temporada e, conseqüentemente, convites automáticos para as corridas do calendário do Pro Tour. A UCI se recusa a revelar os detalhes do sistema de pontuação do rânking, o que mantém a dúvida se a Saxo Bank teria ou não a licença de ProTeam sem os pontos da vitória de Contador no Tour.

A UCI divulgou um comunicado hoje esclarecendo que Contador ainda não foi suspenso, apesar das reportagens de que a Federação Espanhola (RFEC) lhe recomendou uma suspensão de um ano. A União confirma que recebeu um documento da RFEC, mas diz que ainda aguarda a decisão final da comissão disciplinar da Federação, a ser divulgada até o dia 9 de fevereiro. "O documento encaminhado pela RFEC nesta tarde é apenas um elemento dos procedimentos disciplinares tomados pela Federação - procedimentos os quais o atleta deve expressar sua opinião a respeito, antes da decisão final", consta no comunicado da UCI.

Enquanto isso, Contador, que treinava com o resto da equipe em Mallorca, foi, segundo reportagem local, visto em seu quarto de hotel, onde dará entrevista coletiva nesta sexta-feira. "Ele está desiludido, pois é inocente e sente que está sendo punido injustamente", disse o porta-voz do atleta, Jacinto Vidarte, à agência Reuters. "Ele está se sentindo pra baixo depois de ser informado da sanção e agora ele só aguarda e entrevista de amanhã", disse Vidarte.

Cadel Evans está otimista com suas chances no TDF

O australiano Cadel Evans, campeão mundial da UCI em 2009, se mostrou otimista com o convite automático que sua equipe, a suíça BMC, recebeu para o Tour de France deste ano. Evans, que completará 34 anos no próximo dia 14, chegou a vestir a camisa amarela por um estágio no Tour de 2010.

Em entrevista, Evans explicou a diferença que o convite e o status de Equipe Profissional da UCI fizeram na preparação da equipe. "No ano passado, o nosso planejamento de disputar o Giro e o Tour foi, em parte, porque éramos uma Equipe Continental e não tinhamos a certeza de que entraríamos no Tour já de início", disse Evans.

O convite automático que recebeu a BMC significa que Evans poderá começar sua temporada quase oito semanas mais tarde do que o fez no ano passado, na volta Montepaschi Strade Bianche, no próximo dia 5 de março.

O ex-campeão mundial estima que ele começará julho com 20 dias a menos de corridas em suas pernas. "Um ano de minha vida eu teria que realmente me concentrar no Tour e, com o momento que estou vivendo, decidi que este era o ano para isso", conta Evans. "Nos últimos anos, eu sempre começava o Tour muito fatigado e muito cansado e isso obviamente não é bom para uma competição de três semanas. Espero chegar lá este ano mais renovado e com muito menos azar do que no ano passado", completou o australiano.

No segundo semestre, a Vuelta a España será o foco de Evans, competição na qual foi terceiro colocado em 2009.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Contador recebe suspensão de um ano

O jornal "El Pais" noticiou que o espanhol Alberto Contador, campeão da última edição do Tour de France, recebeu nesta quarta-feira (26) suspensão de um ano pela Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC), após ter sido flagrado nos exames anti-doping ao fim do Tour do ano passado, que apontou a presença da substância Clenbuterol.

Contador confirmou nesta tarde que a RFEC propôs a suspenção de um ano e que organizará uma entrevista coletiva na sexta-feira no hotel "Son Net in Palma de Mallorca", ao lado do diretor da equipe Saxo Bank, Bjarne Riis.

O tri-campeão do Tour tem ainda dez dias para apelar sobre a suspenção, antes da decisão final ser anunciada, no dia 9 de fevereiro.

Os testes de Contador deram positivo para uma pequena quantidade da substância proibida Clenbuterol, durante o segundo dia de descanço do Tour 2010, na cidade de Pau. O atleta afirma que o substância encontrada é resultado da ingestão de carne contaminada. Ele foi provisoriamente suspenso pela UCI em setembro, após o anúncio do resultado dos testes.

Contador assinou com a equipe Saxo Bank antes da polêmica do doping explodir e vem se preparando para a temporada com a equipe em Mallorca nesta semana. O espanhol corre o risco de ter seu título do Tour de France 2010, o terceiro da corrida francesa e o quinto em Grandes Voltas, revogado.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Giro e Vuelta são os alvos de Menchov neste ano

Menchov, campeão do Giro d'Italia 2009 (youthrowlikeagirl.com)

O russo Denis Menchov, terceiro colocado no Tour de France do ano passado, manterá o foco em vencer o Giro d'Italia, em maio, e a Vuelta a España, em agosto, uma vez que sua equipe, a Geox-TMC, não foi convidada para o Tour de France deste ano. O russo também não vê problemas em dividir a liderança da equipe com o espanhol Carlos Sastre.

"Eu gosto do Giro, então eu tentarei vencer e a Vuelta também", falou Menchov ao jornal espanhol "Marca". O russo venceu a edição centenária do Giro, em 2009. Porém, a sua equipe ainda não tem lugar garantido na edição deste ano. Já com duas participações na Vuelta, Menchov está confiante de que sua equipe terá uma vaga na competição espanhola.

Preocupa o fato de nem mesmo as presenças de Sastre, campeão do Tour em 2008, e do próprio Menchov, pódio no Tour do ano passado, foi capaz de garantir a participação da Geox-TMC no Tour deste ano. A equipe espanhola também ficou de fora da Paris-Nice e da Tirreno-Adriatico. Para compensar, o time recebeu convite para a Milan-San Remo, o que pode ser um bom sinal para as esperanças da equipe de participar do Giro.

O limitado calendário da Geox-TMC neste ano significa que Menchov e Sastre correrão atrás dos mesmos objetivos na temporada, mas o russo insiste em afirmar que não haverá problemas de discordância entre os dois. "O fato de Sastre ter os mesmos objetivos que eu não é um problema. Vamos correr como um time e nós decidiremos quem ajudará quem quando chegar a hora. Eu conheço o Carlos há anos, apesar de não tão bem. Mas nós nos damos bem e o nosso relacionamento está crescendo a cada dia", explica Menchov.

Menchov se juntou à Geox-TMC no início deste ano, após um ano de sucesso com a Rabobank. Mesmo com o início turbulento na equipe de Mauro Gianetti, Menchov está convicto de que fez a opção certa. "Estou muito feliz de estar aqui. É um bom grupo que está trabalhando bem", falou o russo.

O "Marca" também informa que Menchov começará sua temporada no Desafio de Mallorca (6-10 de fevereiro), a Volta de Adalucía (20-24 de fevereiro), a Volta da Catalunia (21-27 de março) e o Tour de Romandie (26 de abril a 1º de maio), em preparação para o Giro.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Calendário do WorldTour 2011



Confira abaixo o calendário do WorldTour UCI de 2011.

Equipes anunciadas, Sastre e Menchov fora do TDF 2011

A gente também não entendeu, Sastre (guardian.co.uk)

A Geox está fora do Tour de France 2011. Com ela, seus recém contratados peixes grandes: o campeão da edição de 2008 da prova, o espanhol Carlos Sastre, e o terceiro colocado da última edição, o russo Denis Menchov. que também foi campeão do Giro d'Italia em 2009.

As equipes participantes da edição deste ano de Le Tour foram anunciadas esta semana. Confira.

França (5): AG2R-La Mondiale (Roche), Cofidis (Moncoutié), Europcar (Voeckler), FDJ (Fédrigo), Saur-Sojasun (Coppel);
Estados Unidos (3): Garmin (Hushovd, Farrar), RadioShack (Brajkovic, Leipheimer), HTC (Cavendish, Goss);
Bélgica (2): Omega Pharma (Gilbert, Van den Broeck), Quick Step (Boonen, Chavanel);
Espanha (2): Euskaltel (S. Sanchez), Movistar (Tondo, Soler);
Itália (2): Lampre (Petacchi, Cunego), Liquigas (Basso, Nibali);
Países Baixos (2): Rabobank (Gesink, Freire), Vacansoleil (Ricco, R. Feillu);
Dinamarca (1): Saxo Bank (Contador, Porte);
Inglaterra (1): Sky (Wiggins, Boasson Hagen);
Cazaquistão (1): Astana (Kreuziger, Vinokourov);
Luxemburgo (1): Leopard (Andy e Frank Schleck, Cancellara);
Rússia (1): Katusha (Pozzato, Rodriguez);
Suíça (1): BMC (Evans, Hincapie);