Tour de France - ETAPA 12: Em etapa 'tranqüila' Millar consegue apertada vitória no sprint

Millar garante a quarta vitória britânica neste Tour (Roberto Bettini)

Sexta-feira, 13/07 - De Saint-Jean-de-Maurienne a Annonay Davézieux - 226km

Após a duríssima etapa de montanha da quinta-feira, o pelotão teve um dia "tranqüilo", onde não procurou eliminar o grupo da fuga. Com isso, o britânico David Millar (Garmin-Sharp-Barracuda) foi o vencedor, garantindo a quarta vitória de etapa do país neste Tour de France.

O triunfo serve para mostrar o quanto está bem preparada a equipe britânica para os Jogos Olímpicos de Londres. Além de Millar, que conseguiu sua primeira vitória de etapa desde 2003, também venceram nesta edição Mark Cavendish, Christopher Froome e Bradley Wiggins, os três da equipe Sky. Os quatro corredores, além de Ian Stannard (Sky), formam a equipe que representará a Grã-Bretanha nos Jogos de Londres.

Depois de várias investidas no início da etapa, a fuga que teve sucesso na etapa foi composta por cinco atletas: Millar, Robert Kiserlovski (Astana), Cyril Gautier (Europcar), Egoi Martínez (Euskaltel) e Jean-Christophe Peraud (Ag2r-La Mondiale). O grupo tomou forma logo após a segunda subida do dia, o Col du Granier, a cerca de 120km da chegada.

(Roberto Bettini)

Mesmo após duas subidas de categoria 1 nos primeiros 80 quilômetros e estando na etapa mais longa deste Tour, o grupo foi consistente e, com o conscentimento do pelotão, chegou a abrir 12 minutos de vantagem, finalizando a etapa tranqüilamente.

Nos quilômetros finais, os que tiveram mais forças para se destacar no pequeno grupo foram, nesta ordem, Peraud e Millar. O francês atacou na marca de 2km para o fim, sendo seguido por Millar instantes depois. Nos metros finais, o britânico tomou a dianteira, com Peraud em sua roda. O francês fez novo ataque a 200m da chegada, mas Millar teve mais força para aniquilar o ataque do adversário, se jogando ao chão, ofegante, logo que sua vitória estava garantida (foto).

(Roberto Bettini)

O pelotão chegou quase oito minutos depois, com a briga entre Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) e Metthew Goss (Orica-GreenEdge) pelos pontos da camisa verde ainda restantes. O eslovaco, atual dono da maillot vert, foi superado por Goss no sprint, porém, o australiano cometeu a irregularidade de não fazer um sprint em linha reta, se deslocando para a esquerda, para imediato protesto de Sagan (foto). Com isso, o australiano perdeu uma posição para Sagan no sprint e ainda foi punido com a perda de 30 pontos na classificação.

Classificação da etapa

1 - David Millar (Garmin-Sharp-Barracuda) 5h42min46s
2 - Jean-Christophe Peraud (AG2R-La Mondiale)
3 - Egoi Martinez (Euskaltel-Euskadi) +0:00:05    
4 - Cyril Gautier (Team Europcar)
5 - Robert Kiserlovski (Astana Pro Team)
6 - Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) +0:07:53    
7 - Matthew Harley Goss (Orica GreenEdge Cycling Team)
8 - Sébastien Hinault (AG2R La Mondiale) +0:07:54    
9 - Cadel Evans (BMC Racing Team)
10 - Luca Paolini (Katusha Team)

Tour de France - ETAPA 11: Rolland vence etapa e Evans leva mais de um minuto de Wiggins

Rolland consegue a segunda vitória francesa seguida (AFP)

Quinta-feira, 12/07 - De Albertville a La Toussuire-Les Sybelles - 148km

Mudanças significativas na classificação geral aconteceram hoje, na segunda etapa em montanha deste Tour de France. Pierre Rolland (Europcar) foi o vencedor da etapa, garantindo o segundo triunfo seguido de sua equipe. Mas o destaque da etapa ficou com o mau desempenho do atual campeão, Cadel Evans (BMC).

O australiano terminou a etapa chegando com mais de um minuto de atraso para Bradley Wiggins (Sky), o camisa amarela. Agora, Evans cai para a quarta colocação geral, com 3:19 minutos de atraso para o britânico. Wiggins superou a subida final com a ajuda de seu principal gregário, Chistopher Froome, que chegou a efetuar um ataque a menos de 5km da chegada, mas foi repreendido pela própria equipe, pelo rádio.

Evans teve prejuízo na etapa ( Roberto Bettini)

Assim como aconteceu na etapa anterior, um grande grupo de fuga se formou logo nos primeiros quilômetros, com o vencedor da etapa incluído nele. A princípio, o grupo era composto por 24 corredores, mas foi se decompondo ao longo da etapa, que contou com quatro subidas, incluindo duas fora de categoria e uma de categoria 1 na chegada, totalizando mais de 70 quilômetros de subida.

Rolland, Robert Kiserlovski (Astana) e Chris Anker Sorensen (Saxo Bank), os líderes da corrida, iniciaram a subida do La Toussuire (18 km de comprimento) com 3:30 minutos de vantagem para o pelotão e vantagens menores para vários corredores que foram ficando pelo caminho. Rolland fez o ataque da vitória a 10km da chegada, quase na metade da subida, quando o pelotão já estava 1:15 minuto atrás. Rolland repete a vitória que teve no ano passado, no Alpe d'Huez, na 19ª etapa.

O cumprimento dos dois 'vencedores' do dia (Sirotti)

O La Toussuire também foi recheado de ataques no grupo do camisa amarela, que começou a escalada com 16 homens. Os homens da Sky, que estavam na frente do grupo, não responderam aos primeiros ataques, incluindo o de Jurgen Van Den Broeck (Lotto-Belisol). Mas a equipe se viu obrigada a responder quando Vincenzo Nibali atacou, a 12 km da chegada.

Nibali procurava a camisa amarela, mas foi rapidamente neutralizado pelo grupo. Porém, o italiano não desistiu e atacou novamente, a 10km da chegada e se juntou a Van Den Broeck mais à frente. O ataque representou riscos à maillot jaune de Wiggins, o que fez Wiggins acelerar o ritmo do grupo. Quem sofreu com isso foi Evans, que não suportou e foi deixado para trás. Nibali e Van Den Broeck só foram alcançados a 4,5km da chegada. Froome chegou a fazer um ataque individual, mas foi rapidamente repreendido por sua equipe, voltando a escoltar Wiggins nos quilômetros finais.

Rolland venceu com propriedade, com 55 segundos para o segundo colocado, Thibaut Pinot (FDJ-Bgmat) e 57 segundos para o grupo de Froome, Van Den Broeck, Nibali e Wiggins (nesta ordem de chegada). Evans teve 2:23 minutos de atraso para o francês.

 Classificação da etapa

1 - Pierre Rolland (Team Europcar) 4h43min54s 
2 - Thibaut Pinot (FDJ-Big Mat) +0:00:55     
3 - Christopher Froome (Sky Procycling)
4 - Jurgen Van Den Broeck (Lotto Belisol Team) +0:00:57     
5 - Vincenzo Nibali (Liquigas-Cannondale)
6 - Bradley Wiggins (Sky Procycling)
7 - Chris Anker Sörensen (Team Saxo Bank-Tinkoff Bank) +0:01:08     
8 - Janez Brajkovic (Astana Pro Team) +0:01:58     
9 - Vasili Kiryienka (Movistar Team) +0:02:13     
10 - Frank Schleck (RadioShack-Nissan) +0:02:23  

Tour de France - ETAPA 10: Voeckler luta até o fim e consegue a vitória da etapa

Voeckler volta a ser protagonista (letour.fr)

De Mâcon a Bellegarde-sur-Valserine - 194,5km

Sensação do Tour do ano passado, Thomas Voeckler (Europcar) conseguiu uma bela vitória nesta quarta-feira, superando a primeira etapa de montanha desta edição. O "francezinho", mesmo que fora da disputa principal neste ano, garantiu três aparições nas premiações desta etapa. Bradley Wiggins (Sky) manteve a camisa amarela.

Ao contrário do ano passado, Voeckler não está nem perto de disputar a maillot jaune. Mesmo vencendo com 3:16 minutos de vantagem para Wiggins, o capitão da Europcar ainda tem mais de 22 minutos de atraso para o britânico.

(letour.fr)

Além da vitória da etapa, Voeckler ainda foi agraciado com o prêmio de atleta mais combativo do dia e com a camisa do prêmio de montanhista, depois de vencer a meta no Col du Grand Colombier (foto), que lhe rendeu 25 dos 28 pontos que venceu no dia.

A etapa foi comandada pelo grupo da fuga, que se formou ainda antes da marca de 40 km, composta por 25 corredores, entre eles Voeckler Luis-Leon Sanchez (Rabobank) e Jens Voigt (Radioshack-Nissan), entre outros. Destes 25, apenas dez deles obtiveram sucesso ao fim da etapa, mas o destaque ficou para quatro deles, que ficaram na liderança da etapa durante quase todo o tempo: Voeckler, Sanchez, Michele Scarponi (Lampre-ISD) e Dries Devenyns (Omega Pharma-Quick Step).

Chegando a ter mais de sete minutos de vantagem para o pelotão, o quarteto teve tempo para vencer a duríssima subida do dia, o Col du Grand Colombier, com mais de 17 quilômetros de comprimento e trechos com 12% de inclinação. Voeckler cruzou em primeiro o topo da montanha, o que lhe rendeu a maillot à pois rouge, do líder do prêmio de montanha.

O grupo começou a descida de cerca de 13 quilômetros,a té começar a última e menos dura subida do dia, o Col de Richemond, de 7,2 km. Após superá-lo, o grupo começou nova descida, a 20 km da chegada, e conseguiu sobreviver até a reta final, onde Vockler foi o vencedor do sprint. Voigt se juntou ao quarteto nos quilômetros finais e quase roubou a vitória de Voeckler, mas ficou com a terceira posição, atrás de Scarponi.

(letour.fr)

A camisa amarela de Wiggins só esteve em risco na etapa de hoje quando Vincenzo Nibali (liquigas-Cannondale), quarto colocado na classificação geral, a 2:23 minutos de Wiggins, começou um ataque. O italiano, assistido pelo companheiro de equipe Peter Sagan, se destacou do pelotão do camisa amarela no final da descida do Col du Grand Colombier e chegou a abrir um minuto de vantagem. Mas, já sozinho na subida seguinte, ele foi alcançado pelo pelotão a 2 km do topo do Col de Richemond.

Amanhã, uma das etapas mais duras deste Tour. Serão 148 km de percurso, com 71,4 destes em subida. Serão quatro subidas, uma de categoria 2, uma de categoria 1 e outras duas fora de categoria. Será um dos maiores testes para Wiggins nesta edição, que ainda contará com outras três etapas de montanha na última semana.

Classificação da etapa

1 - Thomas Voeckler (Team Europcar) 4h46min26s
2 - Michele Scarponi (Lampre-ISD) +0:00:03     
3 - Jens Voigt (RadioShack-Nissan) +0:00:07     
4 - Luis-Leon Sanchez (Rabobank) +0:00:23     
5 - Dries Devenyns (Omega Pharma-QuickStep) +0:00:30     
6 - Sandy Casar (FDJ-Big Mat) +0:02:44     
7 - Egoi Martinez (Euskaltel-Euskadi)
8 - Pierre Rolland (Team Europcar)
9 - Jurgen Van Den Broeck (Lotto Belisol)
10 - Dmitriy Fofonov (Astana Pro Team) +0:02:52

Tour de France - ETAPA 9: Wiggins dá espetáculo e vence contrarrelógio

Temos um campeão? (letour.fr)

De Arc-et-Senans a Besançon - 41,5km

Assim como ocorreu na Critérium du Dauphiné deste ano, Bradley Wiggins (Sky) venceu de maneira espetacular o contrarrelógio individual e deu um passo gigante para vencer o Tour de France 2012.

O cenário que se desenha neste momento é extremamente similar ao que aconteceu em Dauphiné, no início de junho. Antes do contrarrelógio da quarta etapa, Wiggins liderava por 1 segundo de vantagem sobre Cadel Evans (BMC). O britânico venceu a etapa com 1:43 minuto de vantagem para o australiano e, ao fim da prova, foi o campeão com 1:26 minuto de frente para Evans.

(Divulgação)

Antes da etapa de hoje, Wiggins tinha 10 segundos sobre o atual campeão do Tour. Agora, com o fenomenal desempenho, o britânico ampliou sua vantagem sobre o rival para 1:53 minutos e tem grandes chances de manter a camisa amarela até Paris, baseado em seu ótimo momento.

Fabian Cancellara (Radioshack-Nissan) levou 52:21 minutos para completar o percurso, sendo o líder virtual durante a maior parte do tempo, com 9 segundos de vantagem para Tejay Van Garderen (BMC) e 27 segundos para Sylvain Chavanel (Omega Pharma-Quick Step).

O primeiro a desbancar o suíço foi Christopher Froome (Sky), principal gregário de Wiggins, que fez o ótimo tempo de 51:59 minutos. Ao fim, apenas Wiggins, com uma média próxima dos 50 km/h, conseguiu bater o tempo do companheiro, fazendo 51:24 minutos. Evans teve o sexto tempo, com 53:07 minutos.

A classificação geral mostra Wiggins na ponta, seguido de Evans, com 1:53 minuto de atraso. O terceiro lugar deixa de ser de Vincenzo Nibali (Liquigas-Cannondale) e pertence a Froome, com 2:07 minutos de atraso. Nibali é o quarto, 2:23 minutos atrás.

O bom tempo de Van Garderen rendeu a ele a recuperação da camisa branca. O americano foi 2:23 minutos mais rápido que Rein Taaramae (Cofidis), o então dono da camisa. A camisa verde e a liderança por equipes seguem inalteradas, permanecendo com Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) e a Radioshack-Nissan, respectivamente.

Tour de France - ETAPA 8: Pinot, o mais jovem do pelotão, escapa para a vitória na oitava etapa

Pinot consegue a primeira vitória francesa do Tour (letour.fr)

De Belfort a Porrentruy - 157,5km

Na segunda etapa de média montanha deste Tour de France, o vencedor foi Thibaut Pinot (FDJ-BigMat), o ciclista mais jovem do pelotão. O francês pedalou sozinho para a vitória durante os últimos 17 quilômetros da etapa e conseguiu, de forma heróica, a primeira vitória francesa no Tour. A briga pela camisa amarela não teve mudanças.

Pinot fez parte do grupo de 20 corredores que atacaram na marca de 55 quilômetros, que manteve uma vantagem média de três minutos para o pelotão durante a segunda metade da etapa. Destes, o sueco Fredrik Kessiakoff (Astana) se destacou e começou um ataque solo no Côte de Saulcy, a quinta subida do dia. Ele permaneceu na ponta durante cerca de 30 quilômetros, chegando a ter 1:15 minuto de frente para o grupo da fuga e 3:20 minutos do pelotão.

A última subida do dia era a mais dura. O Col de la Croix, apesar de ter apenas 3,7 km de comprimento, possui uma inclinação média de 9,2% e, em seu trecho mais pesado, chega a ter 17%. Kessiakoff começou a escalada com 55 segundos de frente para Pinot e Tony Gallopin (Radioshack-Nissan), os dois homens que se destacaram do grupo da fuga. Kessiakoff perdeu força e viu Pinot diminuir a distância gradativamente, até ultrapassá-lo a poucos metros do fim da subida, a 17km da chegada.

Pelo segundo dia seguido, o atual campeão, Evans, foi o segundo colocado (AFP)

Pinot começou a descida de três quilômetros e, em seguida, um plano de 13 km até a chegada. Neste trecho final, ele foi perseguido por um solitário Kessiakoff e pelo grupo da camisa amarela, que se formou na subida final: Bradley Wiggins, Christopher Froome (ambos da Sky), Cadel Evans (BMC), Denis Menchov (Katusha), Vincenzo Nibali (Liquigas-Cannondale), Haimar Zubeldia, Fränk Schleck, Christopher Horner (os três da Radioshack-Nissan) e Jurgen van den Broeck (Lotto-Belisol).

Pinot manteve cerca de um minuto deste grupo no trecho final, mas a diferença foi diminuindo a cada quilômetro. Empurrado pelo diretor de sua equipe, que gritava incentivando-o do carro de apoio, o jovem conseguiu a primeira vitória francesa deste Tour, com 26 segundos de vantagem para o segundo colocado.

No grupo da camisa amarela, Van dn Broeck tentou um ataque nos quilômetros finais, para tentar roubar a maillot jaune, mas foi imediatamente marcado por Evans e pelo restante do grupo. Na reta final, os líderes sprintaram tentando ganhar algum segundo, mas os oito homens tiveram o mesmo tempo.

A única mudança de camisa do dia foi a do prêmio de montanhista. Kessiakoff somou 21 pontos na etapa de hoje, passando à frente de Froome, que havia conseguido a camisa ontem. Rein Taaramae (Cofidis) esteve perto de perder a camisa branca para Pinot ou para Gallopin, mas, no fim, o estoniano conseguiu chegar a tempo para manter a camisa. As camisas amarela e verde não tiveram alterações.

Classificação da etapa

1 - Thibaut Pinot (FRA/BJD-Bigmat) 03h56m10s 
2 - Cadel Evans (AUS/BMC-Racing) a 26s
3 - Tony Gallopin (FRA/RadioShack-Nissan) a 26s
4 - Bradley Wiggins (GBR/Sky-Procycling) a 26s
5 - Vincenzo Nibali (ITA/Liquigas-Cannondale) a 26s
6 - Jurgen Van den Broeck (BEL/Lotto-Belisol) a 26s
7 - Christopher Froome (GBR/Sky-Procycling) a 26s
8 - Denis Menchov (RUS/Katusha) a 26s
9 - Haimar Zubeldia (ESP/ RadioShack-Nissan) a 26s
10 - Frank Schleck (LUX/RadioShack-Nissan) a 30s

Tour de France - ETAPA 7: Em fantástico trabalho da Sky, Froome vence etapa e Wiggins veste amarelo

Froome venceu a etapa e a camisa de montanhista (letour.fr)

De Tomblaine a La Planche des Belles Filles - 199km

A equipe Sky teve o que se pode chamar de dia perfeito, na sétima etapa deste Tour de France. O time britânico, que já era o líder na disputa por equipes, conseguiu a vitória da etapa de hoje com Christopher Froome e, também, a camisa amarela para Bradley Wiggins, que estava com Fabian Cancellara (Radioshack-Nissan) desde a primeira etapa.

A chegada da etapa de hoje era uma espécie de surpresa para o pelotão, pois a subida final da La Planche des Belles Filles (categoria 1) nunca havia estado em nenhuma edição anterior do Tour. A subida tinha 5,9 km de comprimento e inclinação média de 8,5% no total, mas com trechos que chegavam até 13% e com os últimos 100 metros apresentando 14%.

Além da Planche des Belles Filles, a etapa ainda contou com duas outras subidas, porém ambas de categoria 3, que não foram problema para o pelotão, que passou toda a etapa controlando a fuga de sete homens que se formou. No quilômetro 103, havia um sprint intermediário, que após de ser cruzado pelos sete homens da fuga, viu Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) disparar para ser o primeiro do pelotão a cruzá-lo. O eslovaco cruzou em oitavo, somando oito pontos e se isolando ainda mais na posse da camisa verde.

Durante a segunda metade do percurso, o tempo de vantagem da fuga foi caindo gradativamente, até que o grupo foi completamente anulado no início da subida final. Os homens da Sky tomaram a dianteira do pelotão, com Edvald Boasson Hagen ditando um forte ritmo. Tal velocidade fez com que vários grandes nomes "morressem" na subida, como Fränk Schleck (Radioshack-Nissan), Tony Martin (Omega Pharma-Quick Step) e Philippe Gilbert (BMC). Mas o principal deles foi Cancellara, o então camisa amarela, que se entregou a 5km da chegada.

No pequeno grupo que liderou a prova na escalada, estavam Wiggins, Cadel Evans (BMC), Vincenzo Nibali (Liquigas-Cannondale), Boasson Hagen, Froome, Richie Porte (Sky), Rein Taramaae (Cofidis) e Denis Menchov (Katusha). Após alguns quilômetros, Froome assumiu a ponta no lugar do companheiro Boasson Hagen e ditou o ritmo. Menchov abandonou a dois quilômetros do fim.

Wiggins é o novo camisa amarela (Divulgação)

Restaram no quilômetro final Froome, Wiggins, Evans, Nibali e Taaramae, o que já colocaria Wiggins na liderança geral. Evans tentou um ataque a 400 metros da chegada, para levar a etapa e tentar diminuir os dez segundos de desvantagem que tem para Wiggins, possivelmente ficando com a maillot jaune. Mas Froome o marcou e, no trecho final, o mais duro da subida, roubou-lhe a ponta e atacou para a vitória. O australiano deu um último suspiro e conseguiu chegar em segundo, com Wiggins e Nibali chegando na seqüencia.

A classificação geral, agora, tem Wiggins na liderança, com 34h 21m 20s. Evans, atual campeão, é o vice líder, com 10 segundos de atraso e Nibali é o terceiro, 16 segundos atrás do britânico. Taaramae é o quarto, com 32 segundos de atraso e Menchov, mesmo tendo 50 segundos de atraso na etapa de hoje, é o quinto colocado, 54 segundos atrás de Wiggins.

A vitória de Froome na Planche des Belles Filles rendeu-lhe a camisa de montanhista, já que a vitória na subida final lhe renderam 20 pontos na disputa. Evans somou 16 pontos com o segundo lugar na etapa e é o vice-líder do prêmio de montanhista. Taaramae também se deu bem com a colocação na etapa, que lhe rendeu a camisa branca, que estava com Tejay Van Garderen (BMC) desde a primeira etapa.

Classificação da etapa

1 - Christopher Froome (GBR/Sky Procycling) 04h 58' 35''
2 - Cadel Evans (AUS/BMC) a 2s
3 - Bradley Wiggins (GBR/Sky Procycling) a 2s
4 - Vincenzo Nibali (ITA/Liquigas-Cannondale) a 7s
5 - Rein Aramaae (EST/Cofidis Le CreditEn Ligne) a 19s
6 - Haimar Zubeldia (ESP/RadioShack-Nissan) a 44s
7 - Pierre Rolland (FRA/EurocpCar) a 46s
8 - Janez Brajkovic (ESQ/Astana) a 46s
9 - Denis Menchov (RUS/Katusha) a 5os
10 - Maxime Monfort (BEL/RadioShack-Nissan) a 56s

Classificação geral

1 - Bradley Wiggins (GBR/SkyProciclying) 34h21m20s'
2 - Cadel Evans (AUS/BMC) a 10s'
3 - Vincenzo Nibali (ITA/Liquigas-Cannondale)a 16s
4 - Rein Aramaae (EST/Cofidis Le Credit en Ligne) a 32s
5 - Denis Menchov (RUS/Katusha) a 54s
6 - Haimar Zubeldia (ESP/RadioShack-Nissan) a 59s
7 - Maxime Monfort (BEL/RadioShack-Nissan) a 1m09s
8 - Nicolas Roche (IRL/AG2 La Mondiale) a 1m22s
9 - Christopher Froome (GBR/Sky Procycling) a 1m32s
10 - Michael Rogers (EUA/Sky Procycling) a 1m40s

Tour de France - ETAPA 6: Com nova grande queda, Sagan vence pela terceira vez

Eslovaco comemora à la Balotelli em sua vitória (letour.fr)

De Épernay a Metz - 205 km

No último dia antes das montanhas, o dono da camisa verde fez seu papel. Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) venceu sua terceira etapa neste Tour de France e deu mais um grande passo para manter a maillot vert já no primeiro Tour de sua carreira. A etapa contou com outra grande queda que afetou muitos corredores.

Sagan bateu dois de seus principais concorrentes pela camisa no sprint final, Andre Greipel (Lotto-Belisol) e Matthew Goss (Orica-GreeEdge). Agora, o eslovaco totaliza 209 pontos, seguido de Goss, com 178, e de Greipel, com 167.

Mark Cavendish (Sky), assim como na quarta etapa, não pôde estar presente no sprint. Ele se envolveu na queda que aconteceu a 26 km da chegada e teve seis minutos de atraso. O britânico somou dez pontos no sprint intermediário da etapa, o que o manteve na quarta posição da disputa por pontos, com 129 pontos.

Sagan vem fazendo história em seu primeiro Tour (Bettini)

A queda mudou a história do Tour para vários corredores. Naquele momento, a fuga já estava controlada, mas o acidente causou a quebra do pelotão, que se dividiu em dois grupos. O segundo grupo, que tinha, entre outros, Fränk Schleck (Radioshack-Nissan), Edvald Boasson Hagen (Sky), Thomas Voeckler (Europcar) e Cavendish. Boasson Hagen, inclusive, deixou o grupo dos dez primeiros colocados na classificação geral.

No primeiro pelotão, que focou em anular a fuga, sobreviveram favoritos como Fabian Cancellara (Radioshack-Nissan), Cadel Evans (BMC), Bradley Wiggins (Sky), Tejay van Garderen (BMC), Vincenzo Nibali (Liquigas-Cannondale) e Ivan Basso (Liquigas-Cannondale). Este grupo manteve cerca de dois minutos e meio de frente para o segundo pelotão.

O atraso do pelotão fez com que a fuga, assim como ontem, chegasse perto de vencer a etapa. O último homem da fuga a ser anulado foi David Zabriskie (Garmin-Sharp-Barracuda), que foi engolido pelo pelotão apenas nos dois últimos quilômetros da etapa.

Então, a Lotto-Belisol assumiu a cabeça do pelotão, para trazer Greipel para a vitória. O trem de embalada da equipe belga se desorganizou nos metros finais. Sagan se aproveitou disso, pegando a roda de alguns gregários da Lotto e chegando inteiro para bater Greipel no sprint. Com Greipel errando uma das marchas nos instantes finais, o eslovaco venceu com quase uma bicicleta de vantagem.

Classificação da etapa


1 - Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) 4h37min00s
2 - André Greipel (Lotto-Belisol Team)
3 - Matthew Harley Goss (Orica GreenEdge)
4 - Kenny Robert Van Hummel (Vacansoleil-DCM)
5 - Juan José Haedo (Team Saxo Bank-Tinkoff Bank)
6 - Greg Henderson (Lotto-Belisol Team)
7 - Alessandro Petacchi (Lampre-ISD)
8 - Luca Paolini (Katusha Team)
9 - Daryl Impey (Orica GreenEdge)
10 - Brett Lancaster (Orica GreenEdge) a 4s

Farrar tenta invadir ônibus da Argos-Shimano, para tirar satisfação com Veelers

Farrar goes bonkers from Cyclismas on Vimeo.

O americano Tyler Farrar (Garmin-Sharp-Barracuda) perdeu a cabeça após a etapa de hoje. Envolvido em uma queda a 3 km da chegada, o sprinter tentou invadir o ônibus da equipe alemã Argos-Shimano, para tirar satisfações com o holandês Tom Veelers, que teria lhe dado um tronco, que o fez desabar. Abaixo, o vídeo da queda. 

Tony Martin convive com 'tortura' no Tour, pensando nas Olimpíadas de Londres

(AFP)

Se em anos recentes costumava-se brincar que o campeão mundial sofria uma "maldição" no ano seguinte à conquista, hoje essa brincadeira mudou um pouco. Desde o sucesso de Thor Hushovd no ano passado e os bons resultados deste ano de Mark Cavendish, se diz que a maldição acabou. Mas parece que ela apenas mudou de categoria.

A camisa de arco-íris continua assombrando seus portadores, mas não mais o campeão de estrada. Desta vez, parece que quem está sofrendo são os campeões mundiais de contrarrelógio.  Campeão da categoria em 2010, o suíço Fabian Cancellara teve um 2011 para se esquecer, findado com um péssimo desempenho no campeonato mundial de Copenhague, onde perdeu a camisa para o alemão Tony Martin.

Neste ano, o tedesco é quem vem sofrendo com a "maldição". No início de abril, enquanto treinava, o contrarrelogista foi atropelado, a apenas três quilômetros de sua casa. Ele ficou inconsciente e foi levado ao hospital, com fraturas no maxilar e na face. No Tour de France, Martin vem tendo problemas desde o prólogo, quando furou o pneu no contrarrelógio e teve apenas o 45º tempo, com 23 segundos de atraso.

Não fosse o bastante, logo no dia seguinte, na primeira etapa, ele esteve envolvido em uma queda após apenas 11 km de etapa. Ali, o alemão sofreu diversos cortes e, para piorar, quebrou o punho. De lá para cá, ele vem se mostrando fora de combate, tendo o 15º pior tempo do Tour, com quase 18 minutos de atraso.

(DPA)

Em entrevista ao jornal alemão "Bild", Martin explicou que existe um motivo para ele continuar nesta tortura. Ele tem em mente a conquista do ouro olímpico, em Londres. A prova do contrarrelógio dos Jogos Olímpicos acontece já no dia 1º de agosto e o corredor espera usar o Tour de France como seu treino para a competição.

"Eu preciso do contrarrelógio de segunda-feira para me preparar. Será uma grande prova de força. Eu desligo a dor, ela desaparece. Pelo menos até segunda-feira", disse Martin, que ainda brincou com o fato de estar andando na rabeira do pelotão nestes dias: "eu consigo admirar melhor a paisagem", falou.

Ele se refere à nona etapa do Tour, que acontece nesta segunda-feira. A etapa será entre Arc-et-Senans e Besançon, e tem um trecho de 41,5 quilômetros. Depois deste, a competição ainda contará com outro contrarrelógio, na 17ª etapa, nos 53,5 quilômetros entre Bonneval e Chartres. A dúvida é se, com um punho fraturado, ele conseguirá passar pelas cinco etapas de alta montanha das duas últimas semanas.

Tour de France - ETAPA 5: Com nova queda nos quilômetros finais, Greipel vence a segunda seguida

Greipel vence novamente, desta vez batendo Cavendish (letour.fr)

De Rouen a Saint-Quentin - 196,5 km

Pelo segundo dia consecutivo, o alemão Andre Greipel (Lotto-Belisol) foi o vencedor da etapa no Tour de France. E, assim como ontem, a etapa contou com uma queda a menos de três quilômetros da chegada, que conteve dezenas de corredores, incluindo Peter Sagan (Liquigas-Cannondale), o camisa verde, que não pontuou na chegada de hoje.

Se a vitória do alemão de ontem foi menosprezada por alguns pelo fato de Mark Cavendish (Sky) ter sofrido com a queda, hoje isso não ocorreu. O britânico não se envolveu na queda e disputou o sprint com seu principal concorrente. Desta vez, porém, Greipel foi imbatível e superou até os corredores remanescentes da fuga nos 500 metros finais.

Cavendish, assim como fez na segunda etapa, tentou tirar vantagem de alguns adversários para chegar no sprint, mas não teve força para ser mais veloz que Greipel. O campeão mundial foi o quarto a cruzar a linha de chegada, atrás dos ex-companheiros Greipel e Matthew Goss (Orica Greenedge) e do argentino Juan José Haedo (Saxo Bank).

Mas não foi apenas a queda do trecho final que trouxe emoção à etapa. O grupo da fuga, composto por quatro corredores, ficou a poucos segundos de vencer, sendo liquidada apenas dentro do quilômetro final. Matthieu Lagadnous (FDJ-BigMat), Pablo Urtasun (Euskaltel-Euskadi), Jan Ghyselinck (Cofidis) e Julien Simon (Saur-Sojasun) tinham dez segundos de vantagem para o pelotão quando aconteceu a queda e por pouco não conseguiu a vitória.

Quem causou a queda foi um dos fortes sprinters do pelotão, o americano Tyler Farrar (Garmin-Sharp-Barracuda), que acabou sendo o último a cruzar a linha de chegada, mas sem perda de tempo. Mas a queda afetou Sagan, líder da disputa por pontos e portador da camisa verde. Com oito pontos no sprint intermediário, o eslovaco viu Goss, Greipel e Cavendish diminuírem a diferença: ontem, ele tinha 55 pontos de frente para Goss (147 contra 92), mas, hoje, é de apenas 18 (155 contra 137).

As camisas amarela e do prêmio de montanha não tiveram alterações na disputa. Fabian Cancellara (Radioshack-Nissan) e Michael Morkov (Saxo Bank) mantêm suas camisas para amanhã. O americano Tejay Van Garderen (BMC) retém a camisa branca, de melhor ciclista até 25 anos.

Classificação da etapa

1 - André Greipel (Lotto Belisol Team) 4h41min30s
2 - Matthew Harley Goss (Orica GreenEdge)
3 - Juan José Haedo (Team Saxo Bank-Tinkoff Bank)
4 - Samuel Dumoulin (Cofidis)
5 - Mark Cavendish (Sky Procycling)
6 - Tom Veelers (Argos-Shimano)
7 - Oscar Freire Gomez (Katusha Team)
8 - Alessandro Petacchi (Lampre-ISD)
9 - Sébastien Hinault (AG2R La Mondiale)
10 - Yohann Gene (Team Europcar)

Tour de France - ETAPA 4: Sem Cavendish, Greipel vence no sprint final

Alemão venceu facilmente os oponentes (AFP)

O alemão Andre Greipel (Lotto-Belisol) venceu, no sprint final, a quarta etapa do Tour de France, contando com a ausência de Mark Cavendish (Sky). O britânico esteve envolvido em uma queda a 2,6 km da chegada, não tendo chance de disputar o sprint com seu arquirrival.

Greipel consegue sua primeira vitória de etapa no Tour deste ano, a segunda em sua carreira. Na segunda etapa, na segunda-feira, o alemão bateu na trave, quando Cavendish veio de trás para "roubar" sua vitória por meia roda. Hoje, porém, o trem de embalada da Lotto trouxe o alemão para uma tranqüila vitória, aproveitando a ausência do campeão mundial.

(letour.fr)

Também estiveram presentes no sprint o italiano Alessandro Petacchi (Lampre-ISD), o holandês Tom Veelers (Argos-Shimano), o australiano Matthew Goss (Orica Greendedge) e o eslovaco Peter Sagan (Liquigas-Cannondale).

Desta forma, Sagan segue na liderança da camisa verde, tendo somado 31 pontos na etapa (22 na chegada e 9 no sprint intermediário) e totalizando 147.Goss e Greipel subiram na classificação, totalizando 92 e 87 pontos respectivamente, na segunda e na terceira colocação. Cavendish caiu para o quarto posto, com 86.

A classificação geral segue inalterada, com Fabian Cancellara (Radioshack-Nissan) mantendo a camisa amarela e Bradley Wiggins (Sky) e Sylvain Chavanel (Omega Pharma-Quick Step) logo atrás, ambos com 7 segundos de atraso. Espera-se que as mudanças nesta briga comecem a acontecer no sábado, na primeira etapa de média montanha desta edição.

Assim como na etapa de ontem, Chavanel tentou um ataque individual nos quilômetros finais, para assumir a maillot jaune. A 10 km da chegada, a fuga estava a 10 segundos de ser eliminada, quando um grupo que incluía Chavanel e Philippe Gilbert (BMC) tentou um contra-ataque. Mas a 8,5 km da chegada toda a fuga estava neutralizada.

Quando o pelotão estava armado para a chegada, o sulafricano Robert Hunter (Garmin-Sharp-Barracuda) tocou rodas com outro ciclista e caiu, levando dezenas de outros corredores ao chão. Entre eles, estava Cavendish. Com isso, Greipel e o trem de embalada da Lotto não tiveram problemas para levar o alemão à vitória.

Classificação da etapa

1 - André Greipel (Lotto-Belisol) 5h18min32s
2 - Alessandro Petacchi (Lampre-ISD)
3 - Tom Veelers (Argos-Shimano)
4 - Matthew Harley Goss (Orica GreenEdge)
5 - Peter Sagan (Liquigas-Cannondale)
6 - Jonathan Cantwell (Team Saxo Bank-Tinkoff Bank)
7 - Daryl Impey (Orica GreenEdge)
8 - Kris Boeckmans (Vacansoleil-DCM)
9 - Edvald Boasson Hagen (Sky)
10 - Ruben Perez Moreno (Euskaltel-Euskadi)

Tour de France - ETAPA 3: Com direito a ‘dancinha’, Sagan vence novamente

A dança do eslovaco em sua vitória (letour.fr)

Etapa 3 - 197 km - Orchies a Boulogne-sur-Mer

Na segunda etapa estilo "clássica" deste Tour de France, o vencedor foi o mesmo. Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) superou a subida do quilômetro final e levou para casa a terceira etapa, sua segunda vitória nesta edição. Ao cruzar a linha de chegada, o jovem eslovaco fez uma "dancinha" na comemoração.

No primeiro Tour de sua carreira, Sagan vem fazendo história. Ao vencer a primeira etapa, no domingo, ele se tornou o segundo mais jovem a vencer uma etapa do Tour (22 anos, 5 meses e 5 dias), perdendo apenas para Lance Armstrong, que venceu a oitava etapa do Tour de 1993 (21 anos, 9 meses e 23 dias). Porém, o americano só foi conseguir sua segunda vitória dois anos depois, em 1995, na 18ª etapa.

(Roberto Bettini)

Agora, Sagan dispara na disputa por pontos, com oito pontos no sprint intermediário e 30 na vitória geral. No total, ele soma 116 pontos, enquanto o segundo colocado, Fabian Cancellara (Radioshack-Nissan) soma 74. Mark Cavendish (Sky), maior favorito para a camisa verde, está em terceiro lugar, com 73 pontos.

Outra liderança que hoje ficou ainda maior foi a do prêmio de montanha. A camisa de bolinhas está mais do que nunca nas mãos de Michael Morkov (Saxo Bank). O dinamarquês entrou no grupo da fuga novamente e venceu quatro das seis metas de montanha da etapa, somando cinco pontos. No total, ele tem nove pontos acumulados, enquanto o segundo colocado, Ivan Basso (Liquigas-Cannondale), tem dois.

(Roberto Bettini)

A etapa teve momentos complicados em seu final, com duas grandes quedas. A segunda delas foi com o pelotão a 38 quilômetros da chegada e o grupo da fuga 2:30 minutos à frente. O grupo da frente, então, acelerou, obrigando o pelotão a também fazê-lo, sem se recompor por completo. Com homens da Radioshack-Nissan e da Katusha à frente, o pelotão conseguiu liquidar a fuga a sete quilômetros da chegada.

A 5,4 quilômetros da conclusão, quem resolveu atacar foi o francês Sylvain Chavanel (Omega Pharma-Quick Step), que rapidamente (em uma descida) abriu 12 segundos do pelotão e se tornou o virtual camisa amarela. Mas ele foi alcançado a 500 metros da chegada, na subida final do dia.

Na curta (700 metros), porém dura subida final (7,4% de inclinação), uma briga de foices, com ataques de Wouter Poels (Vacansoleil) e Michael Albasini (Greenedge), mas Sagan atacou-os a 200 metros do fim. Ele foi ajudado por uma queda que segurou vários corredores alguns metros atrás e não foi superado por ninguém, colocando, inclusive, um segundo de vantagem para o pelotão.

Tour de France - ETAPA 2: Cavendish vence por meia roda e se aproxima da camisa verde

Saindo de trás, Cavendish consegue improvável vitória (letour.fr)

Etapa 2 - 207,5 km - Visé (Bélgica) a Tournai (Bélgica)

Na última etapa em solo belga, o campeão mundial Mark Cavendish (Sky) confirmou seu favoritismo e, no sprint final, levou a terceira etapa do Tour de France, por meia roda. A camisa amarela permanece com Fabian Cancellara (Radioshack-Nissan).

O britânico conseguiu uma vitória "improvável". A 300 metros da chegada, ele tinha um posicionamento desfavorável para o sprint. Ele aproveitou a roda de alguns adversários e conseguiu chegar à dianteira, para disputar com Andre Greipel (Lotto-Belisol), seu "arquirrival", a vitória. Por meia roda, Supermanx conseguiu sua 21ª vitória de etapa em Tours de France.

(letour.fr)

O resultado alavancou Cavendish na disputa pela camisa verde. Além dos 45 pontos ganhos na vitória da etapa, ele ainda somou dez pontos no sprint intermediário, que cruzou em sexto lugar. Ele só não assumiu a maillot vert hoje pois Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) cruzou a linha de chegada em sexto, somando 20 pontos. O eslovaco ainda vestirá verde amanhã, com seus 78 pontos. Cavendish é o vice-líder, com 63, seguido de Cancellara, com 55 (não pontuou hoje).

Na briga pela camisa amarela, nada mudou. Cancellara ainda lidera, seguido de Bradley Wiggins (Sky) e Sylvain Chavanel, ambos a sete segundos do suíço. O grupo dos dez primeiros colocados também não viu mudanças.

A etapa ainda contou com uma meta de montanha, vencida pelo dinamarquês Michael Morkov (Saxo Bank), que já havia vencido outras três na etapa de ontem. Agora, Morkov soma quatro pontos e permanece com a camisa de prêmio de montanha. Na etapa de amanhã, outras seis metas, mas ainda de poucos pontos: quatro de categoria 4 e duas de categoria 3.

Além dos pontos para montanhista que serão concedidos amanhã, a etapa marcará a entrada em solo francês. Ela parte de Orchies e percorre 197 quilômetros até Boulogne-sur-Mer. Uma das metas de montanha do dia de amanhã está na linha de chegada, nos 700 metros finais e com inclinação média de 7,4%, semelhante à etapa de domingo.

Tour de France - ETAPA 1: Sagan leva primeira etapa, com Cancellara na roda

Jovem eslovaco bateu Cancellara no sprint (letour.fr)

Etapa 1 - 198 km -  Liège (Bélgica) a Seraing (Bélgica)

Em um estágio com enorme disputa nos quilômetros finais, Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) foi o vencedor da primeira etapa do Tour de France. O eslovaco ganhou a ponta no quilômetro final, após bater o camisa amarela Fabian Cancellara (Radioshack-Nissan) no sprint.

Com a segunda colocação, Cancellara mantém a maillot jaune, com os mesmos sete segundos de vantagem para Bradley Wiggins (Sky) e Sylvain Chavanel (Omega Pharma-Quic Step). A camisa verde ainda pertence ao suíço, porém será usada por outro corredor na etapa de amanhã, já que Sagan subiu para a segunda colocação na disputa por pontos, com esta vitória. Wiggins, que a usou na etapa de hoje, não pontuou.

A etapa serviu para a aproximação de alguns favoritos das primeiras colocações. Os cinco primeiros colocados permaneceram os mesmos: Cancellara em primeiro, Wiggins em segundo, Chavanel em terceiro, Tejay Van Garderen (BMC) em quarto e Edvald Boasson Hagen (Sky) em quinto. Mas a disposição do quinto ao décimo colocado se alterou por completo.

Denis Menchov (Rabobank) e Philippe Gilbert (BMC) subiram duas posições cada, ocupando a sexta e a sétima posição, respctivamente. Já Cadel Evans (BMC), Vincenzo Nibali (Liquigas-Cannondale) e Ryder Hesjedal (Garmin-Sharp-Barracuda) subiram cinco posições e completam o grupo dos dez primeiros, todos a menos de 20 segundos de Cancellara.

Seis homens compuseram o grupo da fuga, que foi controlada durante toda a calma etapa. Deste grupo, se destacou o dinamarquês Michael Morkov (Saxo Bank), que venceu três das cinco metas de montanha da etapa e vestirá a camisa de prêmio de montanha amanhã. A fuga foi neutralizada a nove quilômetros da chegada.

As maiores emoções ficaram para os dois quilômetros finais, quando o pelotão chegou ao Côte de Seraing. O primeiro a efetuar um ataque foi Chavanel, que sucumbiu segundos depois, no trecho mais duro da subida, de 5,8% de inclinação. Depois, foi a vez de Cancellara atacar, marcado por Sagan e Boasson Hagen. O trio não foi mais alcançado no quilômetro final, restando a disputa entre eles, vencida por Sagan no sprint.