O ciclismo mineiro será representado por uma única equipe, a X-PRO/IB FACTORING de Belo Horizonte, no Tour do Brasil de 2010, uma das competições mais importantes do esporte no país, popularmente chamada de Volta de São Paulo. O Tour será disputado em etapas diárias, entre os dias 16 e 24 de outubro.
Muito difundido na Europa e em alguns estados do Brasil, o ciclismo enfrenta dificuldades para se popularizar em Minas. Tendo como órgão máximo no país a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), o esporte dispõe de três modalidades olímpicas: os ciclismos de estrada, de montanha e de pista (velódromo), além do BMX, que não é olímpico.
O presidente da Federação Mineira de ciclismo, Welington de Souza, de 55 anos, aponta o desinteresse do Poder Público em investir em obras que influenciem um maior uso de bicicletas como maior empecilho para o esporte no estado. “Não vemos ciclovias sinalizadas em Belo Horizonte, apenas no interior. A BHTrans afirma que há 20 km de ciclovia na capital, mas não há”, afirma Souza. “Não há acesso do centro a outras regiões, nem bicicletários. Você tem coragem de pedalar do centro até o Mineirão, por exemplo?”, ironiza o presidente.
Apesar das dificuldades, Minas Gerais será representado no Tour do Brasil. A equipe X-PRO/IB FACTORING (União Ciclística MG) está cotada para receber o convite da CBC para disputar o Tour, pois é a décima melhor equipe no ranking nacional (as doze primeiras são convidadas). Apesar de existir desde 2007, apenas neste ano a equipe ganhou contornos profissionais, chegando a disputar colocações no ranking nacional. O Tour do Brasil de 2010 será o primeiro disputado por ela.
Dez atletas compõem a equipe que viaja a São Paulo. Cada membro compete com sua bicicleta própria, como explica Marcelo Donnabella, de 41 anos, diretor técnico da equipe. “No nosso caso, conseguimos do patrocinador apenas equipamentos, manutenção e uniformes, mas apenas equipes grandes têm patrocínio que cede bicicletas. Na equipe Salles Supermercado (extinta equipe de BH), tínhamos o patrocínio da Pinarello, que acabou nos cedendo 16 bicicletas em uma oportunidade”, relembra.
Algumas dificuldades impedem que a equipe se reúna para treinamentos contínuos. Apenas dois atletas se mantêm através da renda do ciclismo profissional e o restante possui empregos comuns. Dessa forma, o principal meio de preparação da equipe são as competições ao longo do ano, como explica Donnabella. “Precisamos participar de competições onde há mídia, pois, diferente de equipes paulistas, precisamos da divulgação, que atrai patrocínio, nossa única forma de manutenção. Procuramos, também, nos reunir semanalmente para pedalar até Ouro Preto ou Confins. Às vezes, na região da Pampulha, que é plana”, explica.
O diretor técnico aponta o ciclista Wagner Pereira Alves como o grande destaque da equipe e a esperança de vitórias no Tour. “Ele foi o segundo colocado no Giro do Interior de São Paulo e o terceiro melhor brasileiro na America Tour, competição realizada em toda a América. Depositamos nossas fichas nele”, conclui o diretor.
Crimes dificultam a prática do ciclismo na região metropolitana
Uma das principais associações de ciclistas de Belo Horizonte, a Mountain Bike BH (MTB-BH), divulgou no início de agosto um levantamento de dados, coletados a partir de informações de seus integrantes, onde aponta que, em menos de três semanas, dez bicicletas foram roubadas na região metropolitana de BH.
O presidente da Federação Mineira de Ciclismo, Welington de Souza, confirma que os roubos de bicicletas têm crescido, mas que o descaso das autoridades é também grande. “Um dos grandes motivos de o ciclismo não se massificar no estado é a insegurança. Recentemente, em uma competição realizada em Congonhas, foi identificada uma bicicleta roubada e a vítima reportou o fato para o policiamento local, porém o sargento simplesmente alegou não poder fazer nada”.
Muito difundido na Europa e em alguns estados do Brasil, o ciclismo enfrenta dificuldades para se popularizar em Minas. Tendo como órgão máximo no país a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), o esporte dispõe de três modalidades olímpicas: os ciclismos de estrada, de montanha e de pista (velódromo), além do BMX, que não é olímpico.
O presidente da Federação Mineira de ciclismo, Welington de Souza, de 55 anos, aponta o desinteresse do Poder Público em investir em obras que influenciem um maior uso de bicicletas como maior empecilho para o esporte no estado. “Não vemos ciclovias sinalizadas em Belo Horizonte, apenas no interior. A BHTrans afirma que há 20 km de ciclovia na capital, mas não há”, afirma Souza. “Não há acesso do centro a outras regiões, nem bicicletários. Você tem coragem de pedalar do centro até o Mineirão, por exemplo?”, ironiza o presidente.
Apesar das dificuldades, Minas Gerais será representado no Tour do Brasil. A equipe X-PRO/IB FACTORING (União Ciclística MG) está cotada para receber o convite da CBC para disputar o Tour, pois é a décima melhor equipe no ranking nacional (as doze primeiras são convidadas). Apesar de existir desde 2007, apenas neste ano a equipe ganhou contornos profissionais, chegando a disputar colocações no ranking nacional. O Tour do Brasil de 2010 será o primeiro disputado por ela.
Dez atletas compõem a equipe que viaja a São Paulo. Cada membro compete com sua bicicleta própria, como explica Marcelo Donnabella, de 41 anos, diretor técnico da equipe. “No nosso caso, conseguimos do patrocinador apenas equipamentos, manutenção e uniformes, mas apenas equipes grandes têm patrocínio que cede bicicletas. Na equipe Salles Supermercado (extinta equipe de BH), tínhamos o patrocínio da Pinarello, que acabou nos cedendo 16 bicicletas em uma oportunidade”, relembra.
Algumas dificuldades impedem que a equipe se reúna para treinamentos contínuos. Apenas dois atletas se mantêm através da renda do ciclismo profissional e o restante possui empregos comuns. Dessa forma, o principal meio de preparação da equipe são as competições ao longo do ano, como explica Donnabella. “Precisamos participar de competições onde há mídia, pois, diferente de equipes paulistas, precisamos da divulgação, que atrai patrocínio, nossa única forma de manutenção. Procuramos, também, nos reunir semanalmente para pedalar até Ouro Preto ou Confins. Às vezes, na região da Pampulha, que é plana”, explica.
O diretor técnico aponta o ciclista Wagner Pereira Alves como o grande destaque da equipe e a esperança de vitórias no Tour. “Ele foi o segundo colocado no Giro do Interior de São Paulo e o terceiro melhor brasileiro na America Tour, competição realizada em toda a América. Depositamos nossas fichas nele”, conclui o diretor.
Crimes dificultam a prática do ciclismo na região metropolitana
Uma das principais associações de ciclistas de Belo Horizonte, a Mountain Bike BH (MTB-BH), divulgou no início de agosto um levantamento de dados, coletados a partir de informações de seus integrantes, onde aponta que, em menos de três semanas, dez bicicletas foram roubadas na região metropolitana de BH.
O presidente da Federação Mineira de Ciclismo, Welington de Souza, confirma que os roubos de bicicletas têm crescido, mas que o descaso das autoridades é também grande. “Um dos grandes motivos de o ciclismo não se massificar no estado é a insegurança. Recentemente, em uma competição realizada em Congonhas, foi identificada uma bicicleta roubada e a vítima reportou o fato para o policiamento local, porém o sargento simplesmente alegou não poder fazer nada”.
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